Nos últimos meses aqueles que não ouviram o termo NFTs certamente foi por estar totalmente distante do mercado de cripto e tecnologia, ou ouviu as letras, mas ignorou por imaginar ser mais uma conversa passageira envolvendo cripto, assim como imaginou ser o Bitcoin. Pois é, será que o “filme se repete” ? Será que algo grande está passando perto e, por um olhar cético, você está alheio ao que é ?

Nosso objetivo na Monnos é estar sempre próximo ou diretamente envolvido com tudo de “quente” que envolve a criptoeconomia. Por isso, os NFTs não poderiam passar despercebidos.

O que são NFTs (tokens não fungíveis)

Um token não fungível (NFT) é um tipo de token criptográfico que representa algo único, ou seja, que não tem um valor predefinido, mas sim algo subjetivo. Em outras palavras, não pode ser trocado, segundo sua especificação individual, da mesma forma que outras criptomoedas são trocadas.

O protocolo NFT permite o registro detalhado de propriedade e histórico, comprovando sua diferenciação, origem e outros aspectos pertinentes.

As aplicabilidades deste novo tipo de token têm se mostrado infinitas, é algo que está apenas começando, e os empreendedores determinarão suas possibilidades. Mas um mercado que imediatamente já se posicionou é o mercado cultural. Artistas de todo o mundo estão postando suas obras em plataforma especializadas e movimentando grandes somas de recursos, obras como arte digital, cards colecionáveis, itens internos de jogos virtuais, terrenos virtuais e etc, etc, etc.

NFTs, o mercado de obras de arte e a novo surgimento da ARTE DIGITAL

NFTs não são novos. O lançamento do primeiro NFT foi em 2012, com a apresentação de Coloured Coins, ou Bitcoin 2.x, criado na rede Bitcoin, mas o exemplo mais comum de um NFT
é o padrão ERC-721 que opera na rede Ethereum.

Existem outros padrões, como o ERC-1155, desenvolvido por Enjin como um novo padrão para definir tokens de videogames, que também operam na rede Ethereum.

Um NFT nunca é igual ao outro, tanto no valor como nas propriedades do próprio token. Cada token possui um hash digital — função que converte letras e números em uma frase criptográfica — que se distingue de todos os outros tokens de seu tipo.

Essa característica permite que NFTs atuem como uma prova de origem. Existe cada vez mais reconhecimento de que existe valor em provar a propriedade e autenticidade de propriedades intelectuais, como obras de arte e demais itens únicos.

Percebendo isso, artistas globais identificaram a oportunidade de eliminação dos vários intermediários e começaram a registrar suas obras em NFTs, garantindo assim o retorno direto por seu trabalho. A forma de retorno do ecossistema de NFTs também oferece uma miríade de opções, desde um valor único de venda onde o comprador se torna o novo proprietário, até um ganho percentual em todas as transações subsequentes que aquela arte passe. Está aí mais uma disrupção.

Sob este novo contexto, surge com muita força uma tendência de ARTE DIGITAL, envolvendo imagens 3D, experiências VR (Realidade Virtual), Museus Virtuais em ambientes METAVERSOS, ou seja, cidades virtuais. Enfim, uma série de opções de experimentação da arte a muito imaginado, mas nunca tangível como agora tem se mostrado.

Metaversos

Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e “Internet”.

Este já era um mundo explorado por gamers e aficionados digitais, com o advento dos NFTs, terrenos virtuais nestes ambientes estão sendo adquiridos com propósitos diversos. Por exemplo, artistas estão criando suas próprias exposições de arte, provendo a seu seguidor uma imersão em sua arte. Outro caso, empresas especializadas em arte digital ou tradicional, estão criando museus para visitação virtual, expondo a arte digital nestes ambientes provendo experiências com uso de realidade virtual ou outros formatos.

Assim, muito do que já foi pensado e, em algum âmbito, explorado, neste momento está ganhando propulsão e obtendo maior utilização. Se isso será passageiro, o tempo dirá.

NFTs e finanças

Um dos motivos para a volta do interesse em NFTs e seu crescimento exponencial, é a incorporação de “yield farming” na estratégia de adesão da Rarible (RARI).

“Yield farming” é a busca pela melhor oportunidade de rendimentos possível em plataformas cripto. Rarible é uma aplicação descentralizada (dapp) que permite que usuários criem artes originais como um NFT e as vendam em seu marketplace.

Usuários são recompensados/incentivados com o token de governança RARI, em que grande parte dos tokens é alocada a usuários quando vendem seus NFTs. Isso significa que negociadores DeFi começaram a criar NFTs e os promoveram em suas redes.

Além deste contexto da Rarible, há outros vários que vêem surgindo e cada um deles com características específicas que atraem não apenas mais recursos, como também mais artistas. Há inclusive artistas famosos utilizando codinomes para poderem se posicionar neste novo mercado.

NFTs e Esportes

O Rising Stars Challenge é um jogo de basquete que ocorre anualmente durante o All-Star Weekend, quando novos e jovens jogadores competem entre si. Devido à pandemia de coronavírus, a NBA não realizará a partida neste ano, mas mesmo assim está reconhecendo alguns dos melhores jogadores da liga desta temporada de 2020-2021.

A NBA Top Shot, junto com a NBA e a National Basketball Players Association, escolheram, a dedo, 20 “Moments” únicos da atual temporada para destacar cada um dos jogadores escolhidos para o U.S. Team e World Team.

“Esses ‘Moments’, imortalizados na forma de colecionáveis digitais em blockchains, estarão disponíveis em lotes exclusivos da NBA Top Shot ”em formato NFT.

Este foi o exemplo de uma iniciativa conduzida pela NBA, já há outras sendo feitas por jogadores de futebol americano. Houve inclusive uma ação conduzida pela jogadora de tênis Oleksandra Oliynykova, de 20 anos, Top 30 no World Tour da International Tennis Federation (ITF) e a classificação da Women’s Tennis Association (WTA) de 649ª, que está leiloando um espaço no próprio braço para uma tatuagem feita pelo comprador.

Imagine as possibilidades com futebol, artes marciais e outros. Atletas globais, profissionais ou não, podem buscar alternativas de independência de patrocinadores.

NFTs tendências

O mercado de cripto observa este movimento com tamanha atenção que já estão sendo criadas categorias específicas em plataformas de cripto pelo mundo. As primeiras aplicações se espalham pelas indústrias de jogos, artes e colecionáveis. Mas NFTs estão sendo desenvolvidos em diversas indústrias.Realidade virtual e aumentada, imóveis, venda de ingressos para eventos, licenciamento de marcas e tokenização de ativos do mundo real também demonstram grande promessa. Nike até enviou um pedido de patente de NFT em 2019.

Três dicas de iniciativas envolvendo NFTs para ficar ligado:

Enjin Coin

Enjin Coin é um projeto da Enjin, uma empresa que fornece um ecossistema de produtos de jogos baseados em blockchain. A oferta principal da Enjin é a Enjin Network, uma plataforma de jogos sociais por meio da qual os usuários podem criar sites, grupos (clãs/guildas), bater papo e hospedar lojas de itens virtuais. O Enjin permite que os desenvolvedores de jogos toquem itens do jogo na blockchain Ethereum. Ele usa Enjin Coin, um token ERC-20, para respaldar os ativos digitais emitidos usando sua plataforma, o que significa que os itens podem ser comprados, vendidos e negociados com valor do mundo real. Recentemente a Enjin fechou parceria com a Microsoft, empresa por trás de um dos jogos mais conhecidos do mundo, o Minecraft, e assim possibilitando o uso de NFTs no jogo.

Origin Protocol

O Origin Protocol é uma rede que permite aos participantes do mercado compartilhar bens e serviços de forma peer-to-peer (P2P). A plataforma tem como objetivo criar um amplo e-commerce aproveitando a blockchain da Ethereum e o Interplanetary File System (IPFS) para eliminar a necessidade de intermediários.

O protocolo permite a criação de um ambiente descentralizado onde compradores e vendedores podem se conectar, verificar as listagens disponíveis, escrever avaliações e realizar muitas outras ações. Com isso, o uso fracionário de ativos pode ser negociado com mais facilidade.

O Origin Protocol aborda as questões fundamentais dos e-commerces existentes, como taxas de transação injustas, falta de transparência, menos incentivo à inovação e questões de centralização. O protocolo cria um ambiente descentralizado e incentivado para compradores e vendedores para facilitar os negócios.

A Origin Protocol com seu e-commerce descentralizado fechou parceria recentemente com o Brave Browser (BAT – Basic Attention Token) para disponibilizar NFTs na plataforma.

My Neighbor Alice

My Neighbor Alice (ALICE) é um jogo multiplayer onde qualquer um pode comprar ilhas virtuais, coletar e construir itens. O jogo baseado em blockchain é inspirado em jogos de sucesso como Animal Crossing. No caso, My Neighbor Alice combina a jogabilidade de Animal Crossing ao mercado explosivo de NFTs.

Já o Token nativo da plataforma se chama ALICE. Que pode ser usado como moeda para compra de ativos e conjuntos de habilidades especiais no jogo.

Ao completar missões no game, os jogadores podem ganhar tokens ALICE, como forma de encorajar a participação dos usuários. Além disso, o token dá a seus detentores a oportunidade de participar do processo de governança por meio de recomendações e estruturas de votação para o futuro da plataforma.

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