Chegamos ao final de mais um ano e, como não poderia ser diferente, o mês de dezembro foi excelente para toda a criptoeconomia, dando sequência aos últimos meses. Sobre valores, o Bitcoin chegou na faixa dos 42 mil dólares e as altcoin, tiveram um bom destaque em valorização, muitas dobraram, outras triplicaram de valor.
Os principais destaques pelo mundo foram:
Na Argentina, a ministra de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto, Diana Mondino, confirmou no final do mês que o país passará a aceitar Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas em contratos do comércio exterior. o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) não menciona as criptos especificamente, mas diz que devedores têm a escolha de pagar em moedas não reconhecidas como moeda legal na Argentina. “Ratificamos e confirmamos que na Argentina os contratos podem ser liquidados em Bitcoin”, disse Mondino. “E também qualquer outra cripto e/ou ativo como quilos de novilho ou litros de leite”, completou.
No Brasil, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.754/23, que impõe um imposto de 15% sobre rendimentos em criptomoedas realizados por brasileiros em exchanges estrangeiras. Além dos criptoativos, a lei, que será aplicada a partir do dia 1o de janeiro, também se aplica a fundos e outros lucros provenientes de entidades do exterior. A Receita Federal será responsável por gerenciar e regulamentar esse setor, podendo acrescentar novas regras no futuro.
A Fundação Cardano anunciou que seu programa de educação em blockchain será disponibilizado pela primeira vez à Petrobras, a empresa estatal de energia do Brasil. A parceria liderará workshops de educação em blockchain para os funcionários da Petrobras. Os workshops vão ter conteúdo da Cardano Academy entregue pela Universidade Petrobras. Nesse sentido, os participantes discutirão o potencial do blockchain, aprenderão sobre os diversos casos de uso e aplicações da tecnologia.
No início do mês, El Salvador, o primeiro país a tornar o BTC moeda de curso legal, deu mais um passo na adoção da criptomoeda. O país iniciou uma nova iniciativa de cidadania por investimento, conhecida como Freedom Visa, ou “visto da liberdade”, que oferece um visto de residência e cidadania potencial para 1.000 indivíduos. No entanto, para obter a cidadania através do programa, os candidatos devem se comprometer a realizar um investimento de USD 1 milhão em Bitcoin (BTC) ou Tether (USDT).
O Brasil passou a Nigéria, a maior economia da África, em segundo lugar no ranking de interesse em Bitcoin. El Salvador manteve a liderança, o Brasil é o próximo na fila e a Nigéria está em terceiro lugar, segundo dados do Google Trends. Por outro lado, os dados sugerem que, à medida que a popularidade do BTC se expande no Brasil, o país mais populoso da América Latina, os usuários de criptomoedas nigerianos estão cada vez mais dando preferência à stablecoin USDT ao invés do BTC.
O Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Estados Unidos aprovou o H.R. 6572, o Ato de Implantação de Blockchains Americanos de 2023, em uma sessão com o objetivo de limpar 44 peças legislativas. O projeto de lei pró-blockchain incumbirá o secretário de Comércio dos EUA de promover a implantação de blockchain, aumentando potencialmente o uso da tecnologia de blockchain no país e ajudando a “preservar a liderança dos EUA no desenvolvimento de blockchain”.
Na Rússia, para que os mineradores possam legitimamente vender suas criptomoedas produzidas no país para além de suas fronteiras, a Rússia está prestes a revolucionar o mercado de criptomoedas com um plano arrojado: tornar a mineração de Bitcoin um produto de exportação. O movimento vem em resposta às sanções impostas por países ocidentais devido à crise na Ucrânia, que afetaram as transações dos operadores mineiros com empresas estrangeiras. Como alternativa, o governo busca novas saídas, transformando a mineração de Bitcoin em um ativo exportável.
A partida de futebol disputada pelo São Paulo e o Flamengo em 06/12/2023 contou com uma novidade: o clube paulista ofereceu pela primeira vez a venda de ingressos tokenizados, que é um resultado da parceria da Sportheca, TresPontoZero e goBlockchain. É um dos primeiros frutos do Centro de Inovação Aberta Inova, um hub de inovação criado pelo time paulista em 2022 para desenvolver e implementar soluções inovadoras para aumentar as receitas e a competitividade do clube. Um dos focos da operação é a tecnologia blockchain e a Web3, resultando no ingresso tokenizado.
A Federação Internacional de Futebol (FIFA) lançou sua própria coleção de NFTs do Mundial de Clubes de 2023. A parceria entre a FIFA e a empresa de blockchain Modex resultou em uma coleção inaugural de 100 NFTs, oferecendo também a chance de garantir ingressos para a final da Copa do Mundo de 2026. Além destas frentes, outros 900 itens de colecionáveis digitais serão emitidos na rede Polygon e disponibilizados na plataforma OpenSea.
Pesquisa realizada pelo Movimento Inovação Digital (MID) mostra que 83% dos executivos acreditam que os ativos digitais terão um impacto disruptivo em seus respectivos setores, segundo a pesquisa “Adoção, Uso e Insights relacionados a Blockchain, Criptomoedas, Tokens e Drex”, que teve o objetivo de avaliar o entendimento dos executivos em relação a essas soluções emergentes. Além disso, buscou entender a lacuna entre o reconhecimento do potencial disruptivo e a implementação efetiva dessas tecnologias.
A criptomoeda Solana além de superar a valorização do Ethereum (ETH) por semanas, obteve um impulso em todo o seu ecossistema: o volume de transações nas DEX da Solana superou o volume das DEX do Ethereum pela primeira vez na história. Trata-se de um pequeno marco para uma rede que surgiu exatamente com a proposta de “desbancar” o Ethereum. A atividade das DEX na Solana aumentou, em grande parte graças às taxas mais baixas da rede. Outro motivo foi a popularidade da memecoin BONK, nativa da Solana, cujas negociações impulsionaram o uso das DEX.
O estudo “Da mineração à mitigação: Como o Bitcoin pode apoiar o desenvolvimento de energias renováveis e a ação climática”, mostra que a mineração de Bitcoin pode mitigar as mudanças climáticas, acelerando a mudança para energias renováveis. Este estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Cornell, que investigou projetos planejados de energia renovável nos EUA, calculando o lucro potencial da mineração de Bitcoin durante a fase de desenvolvimento pré-comercial.
Após uma corrida de semanas com ganhos consistentes, o Bitcoin é agora o nono ativo negociado mais valioso do mundo, com um valor de mercado de US$ 850 bilhões, sendo mais valioso do que a gigante financeira Berkshire Hathaway, a gigante de tecnologia Meta e a empresa de carros elétricos Tesla, do Elon Musk.
A próxima capitalização de mercado na mira do BTC é a da fabricante de chips de inteligência artificial e queridinha do mercado de ações NVIDIA, que mais do que dobrou de valor este ano em meio à febre global de IA.
Sobre o preço do Bitcoin, o mês começou com aproximadamente USD 37.800, subindo até USD 44.500, seu valor mais expressivo no mês. Na virada de ano o Bitcoin fechou em USD 42.200, com uma alta de aproximadamente 12% no mês e de 160% em todo o ano de 2023.
As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de dezembro foram:
1 – Bitcoin (BTC),
2 – Tether (ETH),
3 – USD Coin (USDC),
4 – Tether (USDT),
5 – Solana (SOL),
6 – Polygon (MATIC),
7 – Monnos Token (MNS),
8 – Binance Coin (BNB),
9 – Chainlink (LINK),
10 – Litecon (LTC).
O que esperar para Janeiro?
Assim como no mês de dezembro, a expectativa de valorização gira em torno da aprovação dos ETFs de Bitcoin, algo que pode ocorrer a qualquer momento. O mercado está positivo, porém, certamente houve uma re-precificação dos ativos, assim, é importante cautela, pois poderá haver uma boa realização de ganhos para que uma nova “onda” de alta comece a surgir.
Entramos em um novo ano, o ano do Halving, onde há o aumento da escassez de BTC, gerando em consequência a valorização do mesmo. Tudo indica que este será o melhor ano para o Bitcoin e para todo o mercado cripto.
Desejamos um excelente ano para todos!