O mês de outubro foi esplêndido para toda a criptoeconomia, com muita evolução e novidades. Sobre valores, o Bitcoin passou e confirmou a faixa dos 30 mil dólares e quase todas as altcoins seguiram o mesmo cenário de valorização.

As principais novidades do mês são:

Já nos primeiros dias do mês, a Ripple obteve mais uma vitória contra a SEC (CVM americana). No dia 3 de outubro foi anunciado que a juíza Analisa Torres negou o pedido de recurso da SEC em sua batalha judicial contra a empresa por trás da criptomoeda XRP. A juíza determinou que o XRP não é um valor mobiliário para vendas no varejo, fazendo com que o preço desta subisse quase 10%. Após 2 semanas de a Ripple vencer novamente, a SEC anunciou que irá retirar sua ação contra a Ripple Labs, desistindo do processo.

Fundador e Ex-CEO do Twitter, que vendeu a plataforma social para Elon Musk, continua focado no Bitcoin com sua empresa Block, anunciando avanços no desenvolvimento da própria hard wallet offline de Bitcoin, nomeada de Bitkey. Segundo a empresa, a carteira está próxima do lançamento, porém sem data revelada.

No Brasil, a Câmara aprova projeto que prevê imposto sobre criptomoedas. No dia 25, o texto-base do projeto de lei que dispõe sobre a tributação da renda de pessoas físicas residentes no Brasil em aplicações financeiras, entidades controladas e trusts no exterior. Incluindo também investimentos em criptomoedas, prevendo taxação de até 22,5% para os ativos digitais. O projeto avança para o Senado e pode sofrer alterações.

Foi informado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a mesma está intensificando a regulamentação das criptomoedas no Brasil. De acordo com o regulador, a agenda com foco em cripto é essencial para o desenvolvimento sustentável, inovador e inclusivo do mercado de capitais. Também acredita, que é essencial para a democratização do mercado com a inclusão de outras opções de investimento para ampliar o acesso de novos emissores e investidores ao setor.

O Governo brasileiro vai utilizar a tecnologia blockchain para a emissão da nova versão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). De acordo com o anúncio, a nova versão do Cadastro Compartilhado da Receita Federal (RFB) irá proporcionar o compartilhamento seguro de dados entre a RFB e os Órgãos de Identificação Civil (OICs). A partir de 6 de novembro de 2023, todos os órgãos expedidores ficam obrigados a adotar os novos padrões da CIN.

Um novo estudo publicado no dia 4 pela Universidade de Cambridge e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, aponta que o ecossistema de criptomoedas na região da América Latina e do Caribe (ALC) registrou um crescimento significativo de 2020 a 2022. De acordo com a pesquisa, Brasil, Argentina e México abrigam o maior número de empresas cripto, com o Brasil liderando o caminho nos três principais segmentos de mercado, sendo responsável por 74% das exchanges na região, 41% das empresas de pagamento digital e 27% das soluções de custódia de criptoativos.

Na Argentina, em meio à hiperinflação e incerteza política, o Bitcoin bateu recorde de preço, 37 milhões de pesos argentinos, em conversão direta para dólar, seria em torno de 37 mil dólares, o que ainda é acima do valor global do Bitcoin. A Argentina não é o único país onde o Bitcoin atingiu recordes de preço. Na Turquia, a criptomoeda é negociada por quase 1 milhão de liras turcas. Já na Nigéria, o BTC está sendo negociado por 27 milhões de nairas nigerianas. Em conversa com a Reuters, George Ball diz “As pessoas estão migrando para o Bitcoin no mundo inteiro, vendo como uma alternativa um pouco mais confiável que suas moedas locais.”

Ferrari, montadora de automóveis  italiana, começará a aceitar Bitcoin, Ethereum e USDC como forma de pagamento nos Estados Unidos. O diretor executivo de marketing da montadora, Enrico Galliera, adiantou que o meio de pagamento chegará também ao mercado europeu. Segundo ele, a adoção das criptomoedas foi um pedido dos clientes ricos que compram carros da empresa, pois muitos deles ganharam fortuna no setor.

Os Ministros das Finanças e os Governadores dos Bancos Centrais do G20 apresentaram um roteiro final para a regulamentação de criptomoedas. Segundo o documento, o objetivo é auxiliar os países a enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades trazidas por ativos como Bitcoin, Ethereum e outros. Os líderes do G20 reconheceram que, embora os criptoativos possam trazer benefícios em termos de inclusão financeira, inovação e eficiência, também apresentam riscos. Dessa forma, a regulamentação busca mitigar as ameaças, como proteção do consumidor e do investidor, integridade do mercado, evasão fiscal, entre outros.

Neste mês ocorreu a primeira liquidação de ações tokenizadas da história. O banco JP Morgan utilizou sua própria rede blockchain, conhecida por Onyx, envolvendo a gestora americana BlackRock e o banco inglês Barclays. Também foi utilizado a Tokenized Collateral Network (TCN), uma rede criada especificamente para tokenização de ativos. Na operação, a BlackRock tokenizou ações que estavam em um de seus fundos de mercado monetário.

Ainda falando sobre a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo planeja começar a financiar seu ETF spot de Bitcoin no mês de novembro. Este movimento representa um grande marco na jornada do Bitcoin, pois sinaliza a entrada de valores relevantes do mercado institucional. A descoberta desta informação foi feita por Scott Johnson, que observou que a BlackRock obteve um número CUSIP para o ETF, algo que representou o maior catalisador da alta mensal para o Bitcoin neste mês.

Segundo os dados do IntoTheBlock, a rede Ethereum atingiu um recorde histórico de 100 milhões de endereços com saldos diferentes de zero dia 16 do mês de outubro. Uma maior imersão nos dados mostra que a proporção de endereços aumentou consideravelmente desde o The Merge (grande atualização do Ethereum), o que mostra crescente adoção e interesse global da rede Ethereum.

Tratando sobre o preço do Bitcoin, ele abriu o mês aproximadamente em USD 27.000,  já em meados do mês atingiu sua baixa mensal de USD 26.500, mas durou pouco, repentinamente disparou até USD 35.250, sua máxima no mês. Fechou com o preço próximo dos USD 34.600, com uma alta de aproximadamente 28.5% no mês, sendo o segundo melhor mês em ganhos do ano, perdendo apenas para janeiro, onde o mês fechou com 41% de ganhos aproximadamente.

As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de outubro foram:

1. USD Coin (USDC),

2. Tether (USDT),

3. Bitcoin (BTC),

4. Ethereum (ETH),

5. Monnos Token (MNS),

6. SingularityNET (AGIX)

7. Binance Coin (BNB),

8. Litecoin (LTC),

9. Solana (SOL),

10. 0x Protocol (ZRX).


O que esperar para Novembro?

Com toda a expectativa de alta por trás das decisões sobre os possíveis ETFs de Bitcoin que podem vir, o mercado está muito quente. Acreditamos que o mercado está pronto para explodir novamente.

Este mês que passou mostrou que todos estão muito atentos, qualquer boa notícia para o setor fará o mercado disparar positivamente. Com o possível lançamento do ETF de grandes gestoras, bilhões de dólares institucionais irão inflar o mercado.

Isso foi apontado no mês passado e repetimos, o Bitcoin provavelmente não terá mais quedas bruscas, estamos no início da Bullrun pré-halving. Apertem os cintos.

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