
No mês de setembro, o mercado de criptomoedas continuou em caindo, muito devido a todos os problemas globais que assombram as economias e aumentos atrás de aumentos de juros, incertezas políticas e inflação. Mas mesmo assim o Bitcoin foi menos volátil que as moedas fiduciárias durante o mês passado.
A grande notícia de setembro foi a conclusão do The Merge na rede Ethereum, onde seu método de consenso a prova de trabalho (Proof-of-Work), que era realizado através de mineração com poder computacional, teve sua migração total para prova de participação (Proof-of-Staking).
Esta migração para um método de consenso que não usa mineração trará muitos benefícios para o Ethereum, como menores taxas, maior escalabilidade de transações e uma aceitação maior por países ou regiões que estão estudando o banimento de criptomoedas que utilizam este sistema, por causa do elevado gasto energético. Que no caso será reduzido em 99,95% o consumo de energia total da rede Ethereum.
Com essa histórica mudança, houve resistência de uma parte de mineradores, onde se sentiram prejudicados por investirem em poder computacional e que agora terão que buscar outras criptomoedas (não tão rentáveis ou confiáveis como o Ethereum) para minerar ou vender seus equipamentos.
Pesquisa da Chainalysis revela que Brasil é o sétimo país com maior adoção de criptomoedas do mundo, sendo o primeiro da América Latina. O Top 10 é composto por: Vietnam, Filipinas, Ucrânia, Índia, Estados Unidos, Paquistão, Brasil, Tailândia e Rússia. A metodologia deste estudo, visa o nível de adoção dos países onde as pessoas estão investindo dinheiro e não em volume de transações.
Em uma análise on-chain de endereços de holders de Bitcoin, foi revelado que quase 50% dos detentores estão no lucro, mesmo com o mercado em baixa, o que significa que muitas pessoas adquiriram recentemente, na alta de 2021, e também é percebido que grande parte dos usuários está focado no longo prazo.
Falando em mercado em baixa, este final de mês de setembro algo que surpreender todo o mercado foi a venda de um NFT da coleção CryptoPunk, vendido por R$ 24 milhões de reais (3300 ETH), sendo o quarto maior preço negociado em um NFT desta coleção. Com isso, toda a coleção CryptoPunk já gerou cerca de R$ 13 bilhões em negociações no mercado secundário até final de setembro deste ano.
Ainda sobre NFTs, uma famosa pintura de Frida Kahlo, avaliada em R$ 51,5 milhões, é incinerada após ser convertida em 10 mil NFTs. A arte “Fantasmones Siniestros” foi eternizada na blockchain da Ethereum e segundo o autor do ato, os fundos arrecadados serão destinados a entidade da saúde infantil, à Casa Museu Frida Kahlo, a Escola de Belas Artes Mexicana (Escola Nacional de Artes Plásticas), entre outros.
O famoso Michael Saylor, da MicroStrategy, onde não é mais CEO, mas se dedica integralmente a investimentos em Bitcoin, anunciou mais uma compra neste mês que passou e agora a empresa detém incríveis 130.000 Bitcoins. Se consolidando, mais uma vez, como o maior detentor institucional de BTC.
Já o Bitcoin, abriu com o preço no mês de agosto um pouco acima de USD 20.000 e fechou o mês no valor próximo de USD 19.300, uma queda de 3% aproximadamente. No decorrer do mês, seu preço atingiu mínimas abaixo de USD 18.200 e pico foi de USD 23.800.
As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de setembro foram:
1. Bitcoin(BTC),
2. Tether (USDT)
3. Ethereum (ETH)
4. Decentraland (MANA),
5. Binance USD (BUSD),
6. Ripple (XRP),
7. Monnos Token (MNS)
8. Terra Classic (LUNC),
9. Anchor Protocol (ANC),
10. Chainlink (LINK).
O que esperar para Outubro?
O Bitcoin está segurando bem, por mais que esteja abaixo de 20 mil dólares, comparada ao cenário mundial, foi um dos ativos que foi menos volátil no último mês, o que pode ser um bom sinal de recuperação em seus próximos movimentos.
O mercado está aguardando um Outubro verde para as criptomoedas, segundo 18 especialista em criptomoedas, entre analistas e CEOs de empresas ligadas a criptomoedas, o cenário atual está mais positivo do que negativo, além de se apoiar no histórico do mês, que em sua história teve apenas 2 meses que fechou no vermelho.
Mas para que isto ocorra, o Bitcoin não pode perder o suporte de USD 18.000. Se não pode ser catastrófico para todo o mercado e seus investidores, mas também pode ser uma ótima oportunidade.