O mês de setembro foi tranquilo para a criptoeconomia, com muita evolução e novidades para o setor. Sobre valores, os investidores viram boa parte dos preços subirem, principalmente do Bitcoin.
As principais novidades do mês são:
O Brasil é o 2° país onde há uma maior “percepção” sobre criptomoedas em sua população,segundo uma pesquisa global sobre cripto e Web3 feita pela consultoria Consensys. De acordo com a pesquisa, 98% da população brasileira já ouviu falar sobre criptomoedas, ficando atrás da Nigéria onde 99% da população já ouviu falar.
Pela primeira vez na história, duas instituições bancárias realizaram uma transação entre si usando o Drex (real digital). Itaú Unibanco e BTG Pactual executaram com sucesso a primeira transferência interbancária com tokens do protótipo da moeda digital do Banco Central (CBDC) do Brasil. O sucesso da transação ocorreu porque tanto o Itaú quanto o BTG já possuem os seus “nós” validadores na blockchain Hyperledger Besu, que o BC escolheu para lançar o Drex.
Hiperinflação na Argentina supera ganhos com Bitcoin, mesmo com o Bitcoin estando na casa dos USD 27 mil e mais de 50% abaixo de seu recorde histórico de USD 69 mil, o preço do Bitcoin atingiu um novo recorde de valor na Argentina, em relação ao seu preço em pesos. Nas exchanges locais, o preço do Bitcoin subiu para 19,6 milhões de pesos argentinos, em comparação ao recorde anterior de 14,2 milhões quando o BTC atingiu sua máxima histórica em dólares americanos em novembro de 2021.
A organização sem fins lucrativos Mi Primer Bitcoin, ou “Meu Primeiro Bitcoin”, anunciou neste mês uma parceria com o Ministério da Educação de El Salvador para levar o ensino sobre a maior criptomoeda do mundo para as escolas públicas do país da América Central. O país adotou o Bitcoin como moeda oficial em setembro de 2021 e agora a intenção é que todas as escolas ensinem sobre a criptomoeda até 2024.
O Grupo G20, uma organização que reúne as maiores economias do mundo, deu um passo significativo em direção à regulamentação global do mercado de criptomoedas durante uma cúpula de dois dias em Nova Deli, Índia, concluída em 10 de setembro. A declaração conjunta emitida pelo grupo, informou a crescente importância do ecossistema de criptoativos e expressou apoio ao roteiro proposto pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O documento irá incluir um roteiro para a implementação de estruturas de políticas públicas para o setor, incluindo uma coordenação global, cooperação e compartilhamento de informações.
O Deutsche Bank AG, o maior banco da Alemanha em ativos totais e número de funcionários, começará a oferecer serviço de custódia de criptomoedas e ativos tokenizados para clientes institucionais. O banco com sede em Frankfurt firmou uma parceria com a empresa suíça de criptoativos Taurus para este fim. Essa parceria significa que o Deutsche Bank poderá manter um número limitado de criptomoedas para seus clientes. O banco também manterá versões tokenizadas de ativos financeiros tradicionais.
A quinta maior carteira de Bitcoin pode ser do governo dos Estados Unidos. Em uma pesquisa feita pela PeckShield Alert, sugere que a quinta maior quantidade de Bitcoins, estimada em US$ 2,46 bilhões, pode estar sob o controle dos EUA. Vale lembrar que segundo um relatório da Forbes, o Tesouro dos EUA tem em sua posse 207.189 BTC.
Ainda nos EUA, os republicanos do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara aprovaram um projeto de lei que busca impedir o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed), equivalente ao Banco Central do país, de emitir uma moeda digital do banco central (CBDC) diretamente para indivíduos. O projeto agora segue para o plenário da Câmara. O deputado Tom Emmer, R-Minn. foi o responsável por apresentar a “Lei Estadual Anti-Vigilância CBDC”. O objetivo da lei é proibir o Fed de lançar um dólar digital tanto diretamente para indivíduos quanto indiretamente, por meio de um intermediário.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) mais uma vez adiou a decisão sobre a aprovação do primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) dos EUA que investe diretamente em bitcoin (BTC). Esta é a terceira vez que o regulador dos EUA adia sua decisão desde que a ARK e a 21Shares entraram com o pedido original para lançar o ETF em abril. A SEC tem até 10 de janeiro para dar a palavra final. Uma série de outros emissores também aguardam notícias, incluindo os pesos pesados BlackRock e Fidelity Investments.
O Google Cloud, serviço de nuvem do Google, anunciou que adicionou dados de 11 novas blockchains ao BigQuery, seu repositório online de grandes conjuntos de dados. Dessa forma, desenvolvedores poderão ter acesso aos dados de: Avalanche, Arbitrum, Cronos, Ethereum (Görli), Fantom (Opera), Near, Optimism, Polkadot, Polygon Mainnet, Polygon Mumbai e Tron. O BigQuery já fornecia acesso às blockchains do Bitcoin, Bitcoin Cash, Ethereum, Ethereum Classic, Dash, Dogecoin, Zcash e Litecoin.
Documentos vazados revelam detalhes sobre os planos futuros da Microsoft para a sua linha de consoles Xbox. Entre os recursos listados está o suporte para carteiras de criptomoedas, uma função que, se implementada, pode significar uma revolução na forma como os jogadores interagem com as plataformas de jogos. Se implementado, o suporte a carteiras de criptomoedas poderia não apenas revolucionar a plataforma Xbox, mas também servir como um catalisador para uma adoção mais ampla de criptomoedas no mundo dos jogos em ambientes Web3 e Metaversos.
A Visa, uma gigante de pagamentos, anunciou que começará a enviar USDC através do blockchain da Solana (SOL), devido à capacidade da blockchain de processar transações mais rapidamente do que na Ethereum. Além disso, vale mencionar que, segundo um relatório da CoinShares de agosto, os investidores institucionais têm preferido investir mais dinheiro em SOL do que no tradicional ETH.
O Ethereum (ETH), atualmente de natureza deflacionária, possui o dobro de investidores de longo prazo do que o Bitcoin em 2023, aponta pesquisa do Messari. Nesse sentido, segundo dados do IntoTheBlock, o Ethereum possui atualmente 73,9 milhões de detentores de longo prazo. Enquanto que, o Bitcoin possui 33,6 milhões, indicando uma disparidade de mais de 40 milhões entre os dois ativos.
Tratando sobre o preço do Bitcoin, abriu o mês com aproximadamente USD 26.000, em meados do mês atingiu sua baixa mensal de USD 25.000, dando um susto nos investidores com uma queda repentina, e teve sua máxima do mês dias depois em USD 27.500. Fechou com o preço próximo dos USD 27.000, com uma alta de aproximadamente 4% no mês.
As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de setembro foram:
1 – Tether (USDT),
2 – Bitcoin (BTC),
3 – USD Coin (USDC),
4 – Monnos Token (MNS),
5 – Litecoin (LTC),
6 – Ethereum (ETH),
7 – Binance Coin (BNB),
8 – Polygon (MATIC),
9 – Hedera (HBAR),
10 – DAI (DAI).
O que esperar para Outubro?
O halving está cada vez mais próximo e irá diminuir a inflação do Bitcoin pela metade nas criptomoedas emitidas, está para ocorrer no mês de abril de 2024. Mesmo sabendo que passado não é garantia de futuro, o passado nos mostra que historicamente estamos cada vez mais próximos de uma reação, já que posteriormente ao halving o mercado se aquece, seguido de uma explosão de preços e adoção.
Outro fator importante é a decisão da SEC sobre os ETFs de Bitcoin, acreditamos que o órgão americano está adiando todas as decisões para dar um veredito de uma só vez. O que pode mudar todo o cenário, já que com a entrada em massa de capital institucional, bilhões de dólares poderão ser injetados na criptoeconomia.
Para Outubro acreditamos que o Bitcoin irá oscilar, porém com grandes chances de buscar preços mais altos. Não vemos quedas bruscas sendo um cenário do momento. Quem estava esperando o Bitcoin voltar abaixo da casa dos 20 mil dólares, vai continuar esperando, pois é bem provável que nunca mais iremos ver o Bitcoin nessa faixa de valores.