Nos últimos anos, o mundo tem testemunhado uma crescente popularidade das criptomoedas em diversos setores econômicos, especula-se que 10% da população global (800 milhões de pessoas) já esteja posicionada na criptoeconomia. A tecnologia blockchain e a descentralização têm desafiado as estruturas tradicionais de negócios, e o varejo não é exceção.
Cientes desta tendência de consumo, supermercados ao redor do mundo estão começando a adotar pagamentos em criptomoedas, além de oferecer outras soluções apoiadas em tokenziação, como programas de fidelidade e cashbacks.
Conforme o uso de criptomoedas se torna mais difundido e compreendido pelo público em geral, o próprio real digital tende a auxiliar na disseminação deste conhecimento, muitos supermercados perceberam o potencial dessa tecnologia para melhorar a experiência de compra de seu público.
Essa adoção tem sido mais notável em países onde a penetração das criptomoedas é mais significativa sob demanda do consumidor, como Nigéria, Líbano, Argentina e Venezuela, por exemplo. Mas países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e alguns países europeus também têm se movimentado sob a ótica de surfar a oportunidade de abraçar um novo perfil de consumidor e ser percebido como inovador. Além de países, há municípios com tradição turística que também têm tido forte adoção de cripto no seu dia a dia do varejo, novamente atendendo aos anseios dos clientes que demandam.
Outro aspecto notável da ligação entre supermercados e criptomoedas é a introdução de programas de fidelidade baseados em tokens digitais. Anteriormente, estes programas recompensavam os clientes com pontos que poderiam ser resgatados por descontos ou produtos. Agora, com a tecnologia blockchain, os supermercados estão migrando para programas de recompensas baseados em tokens, proporcionando uma experiência mais transparente, fluida e valiosa para seus clientes.
Esses programas de fidelidade baseados em criptomoedas permitem que os clientes ganhem cashback em tokens ou moedas digitais por suas compras. Esses tokens podem ser usados não apenas dentro do próprio supermercado, mas também em outras empresas parceiras ou até mesmo serem negociados em exchanges de criptomoedas, tornando os pontos tokenizados bem mais líquidos.
Alguns cases interessantes deste início de tendências são Starbucks, com o programa de fidelidade Odyssey, Wallmart, que já se posicionou até no metaverso, e Whole Food que já aceita cripto como forma de pagamentos.
A integração de criptomoedas no setor de supermercados traz benefícios tanto para os estabelecimentos comerciais quanto para os clientes. Para os supermercados, a adoção de pagamentos em criptomoedas pode reduzir as taxas de transação, especialmente em comparação com sistemas de pagamento tradicionais. Além disso, isso pode atrair um novo grupo de clientes, aqueles que possuem ativos digitais e desejam utilizá-los em suas compras cotidianas.
Por outro lado, os clientes se beneficiam da segurança e conveniência que as criptomoedas oferecem. As transações em criptomoedas são mais seguras, uma vez que são baseadas em blockchain, uma tecnologia que é extremamente difícil de ser fraudada. Além disso, a utilização de carteiras digitais permite que os clientes realizem pagamentos de forma rápida e sem a necessidade de carregar dinheiro ou cartões físicos.
Sem dúvida este é um movimento em sua fase inicial, mas que sem qualquer sombra de dúvida tende a ganhar relevância dia após dia, e havendo um novo bullrun (alto no valor dos criptoativos) aquelas empresas que estiverem posicionadas poderão surfar uma onda de consumo apoiados em pagamentos via criptomoedas por já estarem posicionados. Além de poder aplicar o conhecimento adquirido nos conceitos citados de cashbacks e programas de fidelidade tokenizados. O importante para empreendedores deste segmento é se aproximar e tirar suas próprias conclusões.
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