No mês de julho deste ano, o mercado deu um respiro das quedas contínuas que estavam ocorrendo a diversas semanas seguidas, sendo o primeiro mês a fechar no positivo desde março.

O primeiro país a adotar Bitcoin como moeda de curso legal, El Salvador, aumentou seus fundos em 80 bitcoins e o presidente Nayib Bukele, ainda foi ao twitter agradecer. “Bitcoin é o futuro, obrigado por vender barato”, já que foram comprados no valor unitário de USD 19.000.

Quem também foi às compras foi a empresa MicroStrategy, que adquiriu mais 480 bitcoins a um preço médio unitário de USD 20.817, num total de 10 milhões de dólares. Agora a empresa de Michael Saylor possui um total de 129.699 BTC, sendo a maior detentora institucional de Bitcoin.

Outro país que está de olho em criptomoedas é o Marrocos, que apresentou um extenso projeto para regulamentar criptomoedas nacionalmente. Interessante é que o mesmo país em 2017 tinha proibido criptomoedas, mas o seu uso só aumentou, vendo que não conseguiram atingir o objetivo de proibição, irão regular nos padrões pedidos pelo FMI. Neste mesmo documento, também entrará a regulamentação de CBDCs.

Já no Oriente Médio, segundo o Príncipe Phillip (herdeiro da realeza Sérvia – antiga Iugoslávia), declarou em um podcast que é muito provável que as monarquias do Oriente adotarão o Bitcoin em breve. Isto devido a Lei da Sharia, que proíbe relações financeiras que envolvem débito, dívidas e promessas de pagamentos, sendo assim, relações financeiras de pagamentos à vista tendem a favorecer o uso de um dinheiro forte, como ouro, bitcoin ou commodities.

No México, a Senadora do Congresso Federal Indira Kempis propôs um projeto de lei, que se aprovado, tornaria o Bitcoin uma moeda de curso legal no país. A justificativa da Senadora é que é necessário realizar ações para que o uso da tecnologia possa promover e garantir a inclusão financeira da população, já que de acordo com a mesma, 56% da população não possui conta bancária por falta de confiança nas instituições, falta de interesse ou falta de inclusão. O país também está trabalhando em sua própria criptomoeda (CBDC) que se espera entrar em circulação em 2024.

Já ao sul das Américas, a Argentina planeja tornar a cidade de Mendoza um local amigável com novas tecnologias, principalmente criptomoedas. Seu prefeito, Ulpiano Suarez, pretende oferecer treinamento através de especialistas visando promover ainda mais a adoção da tecnologia. A Argentina, devido à sua alta taxa de inflação dos últimos anos, é atualmente um dos países com maior utilização de criptomoedas no mundo.

Na Ásia, Xangai, maior cidade da China, pretende oficialmente impulsionar o desenvolvimento de tecnologias blockchain, sendo elas NFTs, Metaverso e Web3 nos próximos 5 anos. Na metade de julho o Governo Municipal publicou seu décimo quarto plano quinquenal para o desenvolvimento da economia digital onde dá detalhes sobre o que será desenvolvido, o plano enfatiza a importância de novas formas de consumo de entretenimento digital, como shows virtuais, e esportes, apoiar empresas que planejam construir plataformas de negociação NFT, além de pesquisa sobre as mesmas e as suas ambições para o Metaverso, onde pretende integrar o mundo virtual e real.

Na Rússia, o Presidente Vladimir Putin assinou uma lei proibindo pagamentos de Bitcoin e outras criptomoedas. A lei é resultado de longas discussões entre o banco central russo e o governo sobre criptomoedas. Além disso, a ação mantém o rublo como a única moeda de curso legal na Federação Russa. Vale destacar que isso não se aplica a investimento em criptomoedas, apenas em seu uso como meio de pagamento.

Na Europa, o hospital espanhol San Juan de Dios da cidade de Saragoça, anunciou que oferecerá novos serviços de saúde, sendo eles digitais, através de seu primeiro centro hospitalar no Metaverso. Visando transformar o atendimento médico de pacientes e facilitando serviços para todos os usuários. Os serviços oferecidos serão: prescrição eletrônica, criação de um anel radiológico, assinatura biométrica para admissão do paciente, integração de dispositivos de eletromedicina e neuro-reabilitação com implementações de soluções digitais para a recuperação de pacientes.

Já no Brasil, a paraibana Luana Pinheiro, esportista de MMA, é a primeira mulher do UFC e da América Latina a receber salário em Bitcoin. Luana está bem tranquila em relação a sua volatilidade, já que ela mira o longo prazo. No futebol, o clube São Paulo usou criptomoedas para contratar o jogador argentino Giuliano Galoppo, o valor da negociação do jogador ficou em R$ 32 milhões, que serão parcelados através da exchange que patrocina o clube.

Ainda no Brasil, pesquisa realizada pelo C6 Bank em conjunto com o Ipec, revelou que 82% dos brasileiros de classe A, B e C já sabem o que representam as criptomoedas. Já o perfil das pessoas que pensam em investir em criptomoedas, fica em 44,8% da classe A; 25,9% são da Classe B; e 21,5% pertencem à Classe C. Mostrando que investimento em criptomoeda ainda tende a ser mais elitista no Brasil. Dos entrevistados, 19% disse que nunca investiram e não pretendem, já o percentual dos que nunca investiram, mas pretendem realizar investimentos no futuro é de 24%.

Já o Bitcoin, abriu com o preço no mês de julho um pouco abaixo de USD 20.000 e fechou o mês no valor próximo de USD 23.300, uma alta de quase 17%. No decorrer do mês, seu preço atingiu mínimas abaixo de USD 19.000 e pico foi de USD 24.750.

As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de julho foram:

1. Bitcoin(BTC)

2. Tether (USDT)

3. Ethereum (ETH)

4. Monnos Token (MNS)

5. Solana (SOL)

6. Audius (AUDIO)

7. Cardano (ADA)

8. Gala (GALA)

9. SingularityNET (AGIX)

10. VeChain (VET)

O que esperar para Agosto?

Aparentemente o Bitcoin fez ou está próximo de seu fundo, uma forte resistência na faixa de USD 20.000, mas o que não impede de testar esse valor novamente para assustar os turistas do mercado.

Depois de meses de quedas, o mes de julho trouxe esperança para que agosto mantenha essa tendência e busque patamares dos USD 28.000 a U$ 30.000, o que confirmaria um cenário de alta de curto prazo. Se isto não acontecer, o mercado permanecerá lateralizando, aguardando mais força compradora para no futuro tentar novamente.

Rodrigo Soeiro – CEO da Monnos

 

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