O mês de maio foi novamente um mês de lateralização do mercado, mas com muitas novidades de uso para as criptomoedas e todo o setor de blockchain. Confira algumas das novidades do último mês:

A Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong (SFC) anunciou a liberação de investimentos em algumas criptomoedas para os cidadãos daquele país. De acordo com as autoridades, a liberação vale somente para as principais criptos. Assim, os moradores daquele país passarão a poder negociar  BTC, ETH e algumas outras criptomoedas. Trata-se de algo totalmente inesperado, visto que Hong Kong pertence à China e esta é uma nação conhecida por ter uma postura rigorosamente contra a criptoeconomia.

China lançou o primeiro chip de telefone baseado em blockchain. A Conflux Network, uma blockchain pública apoiada pelo governo chinês, anunciou o lançamento do seu primeiro cartão SIM baseado em blockchain, o BSIM. Este lançamento é o resultado de uma colaboração com a China Telecom, a segunda maior operadora de telefonia móvel do país.

Grandes bancos centrais do mundo, incluindo o Federal Reserve (Fed), Banco do Japão, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra, juntaram-se para produzir um documento informativo sobre moedas digitais do banco central (CBDCs). Este documento aborda aspectos como implementação potencial, questões políticas e futuros passos em relação à CBDC. O relatório, o mais recente de uma série que se estende desde 2020, observa que, “alguns dos membros deste grupo estão se aproximando de um ponto em que podem decidir se devem ou não passar para a próxima etapa de seu trabalho com CBDC”.

Uma pesquisa da TRM Labs revelou que US$ 400 milhões foram roubados em quase 40 ataques no setor de criptomoedas no primeiro trimestre de 2023. Trata-se de uma queda de 70% em relação ao mesmo período de 2022. A quantia roubada no trimestre foi a menor em relação a qualquer trimestre registrado no ano passado. Conforme a TRM, essa redução foi muito mais acentuada do que a queda nos preços das criptomoedas durante o mesmo período. O Ethereum, por exemplo, recuou 45% no primeiro trimestre.

No Brasil, a Receita Federal brasileira informou dados referentes ao mês de  março que apontam que o número de pessoas negociando Bitcoin bateu seu recorde no Brasil, foram mais de 1.6 milhão de pessoas, além de um aumento significativo na participação feminina nesse mercado. Esta representatividade só tende a aumentar nos próximos anos.

Ainda sobre o Brasil, o grupo automotivo voltado ao mercado premium, Osten Group, está permitindo a venda de seus carros ante o pagamento com criptoativo.  O primeiro carro vendido foi um Tesla S Plaid, que tem seu valor de R$ 1.5 milhão e foi pago com 11,5 BTC. Segundo Fabiano Nagamatsu, co-fundador e CEO da Osten Moove, braço de criptomoedas do Osten Group, e que também é co-fundador da InspireIP, de soluções blockchain: “O mercado de compra por criptomoeda já é uma realidade e deve crescer ainda mais, principalmente junto ao público de alto poder aquisitivo e jovens influenciadores que negociam com estes ativos digitais”.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está usando a tecnologia blockchain, em um sistema de rastreamento do açúcar mascavo. Este rastreamento é possível desde Julho de 2022 graças ao Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar) que, ao longo dos últimos 3 anos, vem sendo desenvolvido por uma equipe interna que atua em Agricultura Digital. “A adoção de ferramentas com tecnologias do tipo blockchain embarcadas surge como alternativa importante para atender esse mercado uma vez que possibilitam que cada lote fabricado receba uma assinatura digital única para criar uma trilha segura de auditabilidade dos dados”, disse o pesquisador Alexandre de Castro, líder do projeto.

Regulamentação em Inteligência Artificial no Brasil a caminho. O Projeto de Lei 2.338/2023 foi apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e visa regular o uso da inteligência artificial no Brasil. O projeto conta com nove capítulos, que englobam direitos, usos, privacidade, proteção de dados, entre outros temas. Projeto ainda aguarda despacho.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja utilizar a tecnologia blockchain para identificar notícias falsas caso seja escolhida como supervisora das plataformas digitais no Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/2020). A rede já existe, está em fase de testes e planeja ser testada durante as eleições municipais de 2024 em território nacional.

A rede Ethereum passou pela atualização de Shanghai recentemente, e agora a rede está se preparando para sua próxima atualização, a de Cancun. Esta última poderá melhorar a escalabilidade do ativo e se baseará na atualização de Shanghai. O processo também aumentará as velocidades de transações da rede; já a tão esperada redução das taxas deverá sair em  atualização prevista para final de 2023.

O Bitcoin no mês de abril, passou por um grande congestionamento de rede, algo visto apenas durante os verões do mercado. E o motivo foi relacionado ao novo token que permite contratos inteligentes da rede, BRC-20. Além da lentidão para confirmação das transações, por consequência, o Bitcoin sofreu com uma alta nos valores das taxas de redes, que saltaram 500% em seu pico. 

Falando em BRC-20, os tokens criados a partir do protocolo Ordinals da rede do Bitcoin, superaram 1 bilhão de dólares em valor de mercado. Este projeto visa criar NFTs similares aos do padrão ERC-20 da rede Ethereum, com imagens, vídeos, textos e etc, porém na blockchain do Bitcoin, transformando satoshis em ativos não fungíveis.

O Dogecoin superou o Bitcoin em quantidades de transações no último mês, devido a nova atualização da criptomoeda “meme do cachorro”, onde foi adicionado um novo padrão de token, chamado de DRC-20, sendo possível contratos inteligentes e NFTs na rede Dogecoin. Com isso vemos um padrão para o futuro, a importância de contratos inteligentes em redes blockchains se manterem ativas e atualizadas com as demandas do mercado.

A rede do Bitcoin bateu um novo recorde neste mês que passou, mostrando a força da mineração no setor de Prrof-of-Work. Foi registrado um hashrate de 49,55 trilhões, tendo sua dificuldade de mineração aumentada em 3.22% em relação ao mês de março, batendo novamente seu recorde. Isso significa que a rede do Bitcoin está cada vez mais saudável e é também um indicativo de que ela está cada vez mais resiliente a ataques, mais segura.

Trazendo outros dados, o Bitcoin abriu o mês de maio com o preço de aproximadamente USD 29.200, logo no primeiro dia do mês, enfrentou uma queda que durou até meados do mês de quase 12%, tendo sua mínima de USD 25.800, que foi testada duas vezes. Nos últimos dias, teve uma rápida recuperação e fechou o mês próximo dos USD 27.200, encerrando o mês com uma queda de aproximadamente 7%.

As top 10 moedas mais negociadas na Monnos no mês de maio foram:

1. Bitcoin (BTC),

2. Ethereum (ETH),

3. Tether (USDT),

4.  Monnos Token (MNS),

5. Gala (GALA),

6. Cardano (ADA),

7. SingularityNET (AGIX),

8. Litecoin (LTC),

9. Polygon (MATIC),

10. Solana (SOL).

O que esperar para Junho?

Como mencionamos mês passado, aconteceu o que prevíamos e o mercado se manteve lateralizado. A análise ainda se mantém, caso rompa a resistência dos 30 mil dólares, poderá buscar os USD 36.000, caso o suporte de 27 mil dólares falhe e se confirme, poderá buscar os 24 mil dólares ou mais baixo.

Negocie com cautela, e lembre-se que o próximo Halving chegará em menos de 320 dias, e historicamente mostrou ser acompanhado de uma pequena alta pré-evento e uma grande alta pós evento. Ainda é um ótimo momento de compra pensando no médio e longo prazo, pois provavelmente daqui um ano, nunca mais veremos essa faixa de preço do Bitcoin novamente.

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