Mixers

Mixer é um serviço que embaralha as criptomoedas de um usuário com a de outros, dificultando seu rastreamento. Ou seja: é uma forma de o dono de uma carteira de Bitcoin, por exemplo, proteger sua identidade.

Se você decidir criar uma carteira de Bitcoin, vai descobrir que ninguém irá pedir sua identidade. Você simplesmente a cria. Um código, a chave privada, vai te dar acesso ao conteúdo da carteira, e outro código, a chave pública, será usada quando alguém quiser enviar uma quantia para você.

Entretanto, todas as transações podem ser checadas por qualquer um – elas estão visíveis na blockchain, uma espécie de “livro razão descentralizado”.

Então, se alguém souber que determinada chave pública é sua, ou seja, é a chave pública relacionada a sua carteira, é possível verificar quais carteiras fizeram transferência para você e quantas criptomoedas foram depositadas.

Por que pessoas recorrem a mixers?

O mixer é uma faca de dois gumes.

Ninguém quer ficar exposto. Não é preciso ser um gênio para entender os motivos pelos quais mesmo o mais idôneo dos indivíduos não iria querer sair por aí declarando que possui uma carteira cheia de criptomoedas.

Além do mais, perseguidos políticos e grupos marginalizados também necessitam de anonimato.

Vamos ver um exemplo. Imagine que João possui 100 Bitcoins, ele começou a investir em 2011 e foi recompensado por ter acertado em seus investimentos – a valorização o tornou milionário. Mas… Se ele enviar 2 bitcoins para pagar por uma compra ou mesmo compartilhar sua chave privada para receber um pagamento, pessoas mal-intencionadas podem descobrir que ele tem uma carteira cheia.

Aí, é possível recorrer a um mixer.

Entretanto, obviamente, criminosos também podem querer se aproveitar desse serviço.

Como funciona

João envia 2 bitcoins de sua carteira ABC para um mixer. Agora, esses bitcoins serão misturados com outros. Depois, 2 bitcoins serão, então, enviados a carteira XYZ, da qual João também é dono.

Alguém que olhasse a carteira XYZ iria apenas concluir que ela recebeu 2 bitcoins vindos de um mixer. Mais nada.

Pronto, agora João pode enviar dois bitcois usando a carteira XYZ e pagar por sua compra sem se expor.

Tipos de mixer

Mixers centralizados.

Os usuários enviam a quantidade de moeda criptográfica específica que desejam “misturar” para a plataforma. Assim, o usuário concede a ela o controle total para fazer múltiplas transações destinadas a “misturar” ativos digitais. De um ponto de vista mais técnico, um algoritmo especializado realiza múltiplas transações de forma aleatória.

Misturadores descentralizados.

Neste caso, os usuários tentam evitar intermediários. Então, eles se unem e selecionam os ativos digitais que desejam “misturar”, e ocorrem pequenas transações entre os usuários da mesma plataforma. Naturalmente, quanto maior o número de usuários no pool, maior será a aleatorização.

Em termos de garantia de anonimato, os misturadores descentralizados são melhores. Por quê? Bem, mixers centralizados têm acesso aos endereços IP dos usuários. Isto significa que, até certo ponto, o endereço de onde o ativo digital foi enviado, assim como o usuário que o recebeu, pode ser previsto.

 

  • AMM é uma sigla para Automated Market Maker, (em português, Criador de Mercado Automatizado). É um “robô” que faz a cotação entre dois ativos

  • TVL

    O Total Value Locked (TVL), ou em português, Valor Total Bloqueado, é a quantidade de fundos que usuários depositaram em uma plataforma DeFi.

  • Bag holder é um termo usado para definir alguém que manteve um ativo ao longo do tempo apesar da desvalorização constante de seu preço

  • DYOR vem do inglês "do your own research", ou seja, faça sua própria pesquisa. É muito usado por usuários de cripto.

  • Um token é uma criptomoeda criada dentro de uma blockchain já existente. Diversos ativos pode ser tokenizados: ações, arte e muito mais.

  • Paper wallet é um pedaço de papel onde estão escritas as chaves pública e privada que compõem a sua carteira digital. Também chamada de carteira de papel.

  • Uma Hot Wallet, ou “carteira quente”, é uma carteira conectada a internet. São amplamente usadas, mas oferecem menor segurança que as Cold Wallets.

  • OBV

    OBV (On Balance Volume) é um indicador de análise técnica que relaciona volume com variações de preço.

  • Moeda FIAT (ou moeda fiduciária) é a moeda emitida pelos bancos centrais de qualquer país. No Brasil, é o real. Nos USA, é o dólar, por exemplo.

  • Um contrato inteligente, ou smart contract, é um contrato feito em linguagem de programação executado automaticamente entre duas entidades.