Bag Holder

De acordo com o Urban Dictionary, o termo Bagholder teve origem na época da Grande Depressão. Ele é usado para definir alguém que manteve um ativo ao longo do tempo apesar da desvalorização constante de seu preço por acreditar que ele iria se recuperar no futuro, mas estava enganado.

Em inglês, hold significa segurar, mas a expressão foi “abrasileirada”. Se dizemos que “Pedro está holdando Bitcoin”, por exemplo, isso quer dizer que ele está segurando suas moedas digitais e suportando as oscilações pensando na valorização que a moeda pode ter a longo prazo.

De fato, investidores precisam ter visão de longo prazo e existem inúmeros bons ativos que passaram por períodos de queda, mas se recuperam e geraram lucro.

Em alguns casos, a relutância em admitir o erro e fazer uma análise não passional acaba transformando investidores em bagholders.

Causas das quedas nos ativos

Existem, falando de forma geral, dois tipos de eventos que podem levar ativos a uma espiral de queda. Vamos falar sobre cada um deles. ·

Alterações nos fundamentos do ativo 

Alterações nos fundamentos referem-se a mudanças na atratividade do ativo em si para o público, seja porque surgiram opções melhores, porque ele ficou caro demais ou porque a necessidade que ele supria não existe mais.

A Blockbuster atendeu a demanda do público americano por filmes durante anos, foi referência na sua área nos Estados Unidos. Até que os serviços de streaming, como Netflix, apareceram. Não fazia mais sentido dirigir até uma locadora, correr o risco de não conseguir a fita ou DVD que você estava buscando e ainda correr o risco de pagar multa por atraso.

A melhor maneira de evitar se tornar um bagholder devido a mudanças nos fundamentos é estudar o ativo que te atrai de forma contínua, entendendo porquê ele tem valor para as pessoas e analisando se ele continuará a ter.

Também pode acontecer de mudanças na gestão de uma empresa tornarem-na um negócio menos lucrativo, o que acaba refletindo no preço de suas ações.

No tocante a criptomoedas, pode ser, por exemplo, que fragilidades sejam encontradas no código. Moedas digitais mais antigas e bem estabelecidas como Bitcoin já foram escrutinadas, mas projetos mais novos apresentam esse risco.

– Fatores externos

Nenhum fornecedor ou comprador está sozinho em sua cadeia. Qualquer ativo, de qualquer espécie, está sujeito a sofrer com fatores externos como: pandemias, políticas monetárias ruins, guerras e etc.

Muitas empresas não sobreviveram a 2020, infelizmente. E algumas delas estavam bem nos anos anteriores.

  • Testemunha Segregada (SegWit) refere-se a uma mudança, uma atualização, na maneira como as transações de Bitcoin são feitas.

  • IGO

    A IGO (Initial Gaming Offer ou Oferta Inicial de Game) é um evento de arrecadação de fundos para projetos de jogos na blockchain.

  • A volatilidade é uma variável econômica que se refere a intensidade das oscilações no preço de um determinado ativo dentro de um período te tempo.

  • FUD

    FUD vem do inglês "Fear, Uncertainty, and Doubt". Ou seja, Medo, Incerteza e Dúvida. Usualmente é usada para descrever notícias negativas no mercado.

  • Proof of Stake (PoS), ou “Prova de Participação”, é o nome dado a um mecanismo de consenso utilizado na validação de transações.

  • Cat bounce (“quique do gato”) é o nome dado a pequenas “subidas” no preço dos ativos mesmo que, no panorama geral, estejam se desvalorizando.

  • Um token é uma criptomoeda criada dentro de uma blockchain já existente. Diversos ativos pode ser tokenizados: ações, arte e muito mais.

  • DYOR vem do inglês "do your own research", ou seja, faça sua própria pesquisa. É muito usado por usuários de cripto.

  • O halving do Bitcoin é um evento que ocorre a cada 210.000 blocos adicionados e reduz pela metade a recompensa pela mineração do BTC.

  • Bullish vem do termo "bull market", que é usado no mundo financeiro quando o mercado está otimista em relação ao preço dos ativos.