Criptografia é um mecanismo usado para garantir a privacidade de dados. Por exemplo, se Thais e Daniel estão conversando sobre assuntos confidenciais relacionados a sua empresa, querem que textos, imagens e vídeos trocados entre eles não possam ser vistos por terceiros.
A criptografia resolve o problema deles, fazendo com que essas informações sejam ininteligíveis para quem não tem acesso ao um código de “tradução”.
Etimologicamente, o termo “criptografia” se originou a partir do grego e seu significado literal é “escrita secreta”.
Um exemplo de criptografia
Imagine que Camila deseja mandar uma mensagem para Rafael e precisa manter seu conteúdo seguro.
Camila primeiro converte sua mensagem legível para uma forma ilegível. Se um hacker tivesse acesso a essa mensagem, iria ver apenas uma sequência incompreensível de letras e números.
Agora, Rafael utiliza uma chave, um código, para decifrar e recuperar o texto original.
Alguns tipos de criptografia
1) Chave simétrica
A chave simétrica é o modelo mais comum e simples. Nela, uma mesma chave é utilizada tanto pelo emissor para encriptografar como pelo receptor para descriptografar.
2) DES (Data Encryption Standard)
Esse método pode ser decifrado por meio de uma técnica chamada “força bruta”. Nessa tática, o hacker testa diversas possibilidades de chave, de forma automatizada, até achar a resposta certa. Como é um sistema de proteção básica, oferece uma segurança reduzida para o usuário.
3) AES (Advanced Encryption Standard)
É um dos algoritmos de criptografia mais seguros da atualidade, sendo utilizado até mesmo pelo governo americano.
4) Chave assimétrica
Uma das técnicas criptográficas mais poderosas projetadas pelo homem é a criptografia assimétrica, também chamada criptografia de chave pública.
Este sistema consiste em usar uma fórmula matemática muito complexa para criar um par de chaves. Uma delas é a chamada chave privada, que serve para uso exclusivo do criador do par de chaves e pode ser usada para criptografar e descriptografar informações.
A outra é a chamada chave pública, que o criador pode dar a terceiros. Ela só pode ser usada para criptografar informações.
A função da criptografia assimétrica no Bitcoin
O tipo de criptografia usada pelo Bitcoin é justamente a criptografia assimétrica de chaves públicas e privadas.
O objetivo da criptografia, no caso do Bitcoin, não é encriptar a transação em si e torná-la um segredo para terceiros – pelo contrário, qualquer um pode averiguar, por exemplo, que houve uma transferência de 2 bitcoins da carteira A para a carteira B. Isso faz parte da geração de confiança que essa criptomoeda traz: se alguém tentasse enviar a mesma unidade de bitcoin para duas pessoas diferentes, por exemplo, todos ficariam sabendo e a fraude não seria efetuada.
É importante frisar que ninguém precisa saber quem é o dono da carteira A ou da carteira B – nesse sentido, a transação pode ser anônima.
O objetivo da criptografia nesse caso é a criação de chaves publicas e privadas. Por exemplo, Samuel, dono de uma carteira com bitcoins e em posse de sua chave privada, pode enviar suas moedas para outro usuário. Ele precisa, por tanto, guardar com zelo a chave privada, já que ela permite enviar valores. A chave pública, entretanto, Samuel compartilha toda vez que alguém deseja depositar em sua carteira – ela serve apenas para receber valores.