Baleia

Talvez você já tenha ouvido alguém dizer que “uma baleia movimentou sua carteira”, “uma baleia causou uma queda no preço”, ou até o oposto – “sou uma sardinha”.

Afinal, o que um dos maiores peixes do mundo tem a ver com o mercado financeiro ou com criptomoedas? E que história é essa de sardinha?

Baleia é nada mais do que uma forma de denominar uma pessoa que é dona de uma grande quantia de ativos. Por exemplo, se Fábio tem uma carteira com 80 bitcoins, por esse parâmetro, é razoável dizer que ele é uma baleia.

Claro, o conceito de “muito” e “pouco” é relativo. Algumas baleias são literalmente capazes de jogar o preço de um ativo para cima ou para baixo – especialmente se o ativo estiver no começo de sua vida e ainda estiver concentrado (investidores iniciais ainda possuem muitas unidades) ou tiver uma capitalização de mercado baixa (pouco dinheiro foi investido até o momento, de modo que qualquer quantia mais significativa adicionada ou retirada tem impacto no preço).

Por exemplo, pense em uma pessoa que comprou 10 mil unidades de Bitcoin quando ele ainda custava menos de 10 dólares. Passam os anos, a moeda ganhou espaço no mercado, e o investidor decide vender seus ativos quando a cotação chegou a 30 mil dólares – despejando as 10 mil unidades no mercado. Isso provavelmente causaria uma queda no preço. Entretanto, provavelmente não muito tempo depois outros investidores iriam comprar algumas das 10 mil unidades justamente por causa dessa queda.

Algumas das maiores baleias da atualidade

Até governos podem ser considerados baleias. Atualmente o órgão governamental com mais bitcoins é o FBI. Um relatório da revista Wired divulgou que a organização americana possui mais de 300 mil unidades da criptomoeda, obtidas a partir de uma apreensão que ocorreu em 2013, envolvendo um site chamado Silk Road.

A maior baleia do mercado de moedas criptográficas, entretanto, é Satoshi Nakamoto. Satoshi Nakamoto é o pseudônimo escolhido pelo criador, ou grupo de criadores, do Bitcoin. Acredita-se que ele tem cerca de 1 milhão de unidades da criptomoeda.

Sardinhas

Ok, e as sardinhas, mencionadas no começo do texto?

Sardinhas são pessoas que tem poucas unidades – o oposto das baleias. A maioria das pessoas são sardinhas, na realidade.

O que define a espécie de um animal é o DNA, e este não muda – mas, no mundo das finanças, sardinhas empenhadas e com boas estratégias podem se tornar baleias.

 

  • Uma Hot Wallet, ou “carteira quente”, é uma carteira conectada a internet. São amplamente usadas, mas oferecem menor segurança que as Cold Wallets.

  • Rekt vem do inglês "wrecked", que significa destruído. Estar "rekt" significa estar tomando diversos prejuízos em determinado período.

  • Paper wallet é um pedaço de papel onde estão escritas as chaves pública e privada que compõem a sua carteira digital. Também chamada de carteira de papel.

  • Blockchain é um registro aberto (todos podem conferir) e imutável de dados, os quais podem ou não incluir transações.

  • Exchanges, também chamadas de corretoras de criptomoedas, são sites onde pessoas compram e vendem criptomoedas e tokens.

  • Um token é uma criptomoeda criada dentro de uma blockchain já existente. Diversos ativos pode ser tokenizados: ações, arte e muito mais.

  • Um Node na rede do Bitcoin é um computador conectado a blockchain e que verifica e valida as novas transações, sempre que elas acontecem.

  • Cat bounce (“quique do gato”) é o nome dado a pequenas “subidas” no preço dos ativos mesmo que, no panorama geral, estejam se desvalorizando.

  • FUD

    FUD vem do inglês "Fear, Uncertainty, and Doubt". Ou seja, Medo, Incerteza e Dúvida. Usualmente é usada para descrever notícias negativas no mercado.

  • OBV

    OBV (On Balance Volume) é um indicador de análise técnica que relaciona volume com variações de preço.