Satoshi Nakamoto

O whitepaper (uma espécie de “documento formal de apresentação”) do Bitcoin diz que seu criador é Satoshi Nakamoto.

Esse nome, ou pseudônimo, também foi usado ao longo dos anos em postagens e trocas de e-mails. A verdade é que não sabemos sequer se Satoshi é uma pessoa ou um grupo de pessoas.

Por vários motivos de segurança, alguns simples e óbvios e outros mais complexos, seria extremamente perigoso para quem quer que tenha criado o Bitcoin vir a público e se revelar.

Primeiramente, a carteira de Bitcoin de Nakamoto possui muitas unidades da criptomoeda – ou seja, quem tem a chave-privada que dá acesso a ela possui uma fortuna.

Além disso, o Bitcoin é uma resposta pacífica, mas firme, ao monopólio de bancos centrais do mundo todo e a obrigatoriedade do uso de moedas estatais, as quais ficam a mercê de Estados  que nem sempre zelam pelo bem-estar de seus cidadãos.

Os cypherpunks

O “movimento cypherpunk” pode ser explicado, de forma até simplista, como a ideia de usar conhecimentos da área da computação para se proteger de Estados totalitários, ou até de Estados em geral.

Vale a pena lembrar que uma das poucas maneiras de um norte-coreano ter acesso a uma Bíblia nos dias de hoje é justamente através da “dark web”.

As raízes do cypherpunk remontam aos anos 80. O criptógrafo David Chaum, criador da DigiCash, é creditado com o nascimento da maioria das idéias e conceitos principais do movimento. Ele discutiu tais tópicos em seu trabalho de 1985 entitulado “Segurança sem identificação: Sistemas de transação para tornar o Big Brother obsoleto”, onde foram mencionados e descritos pela primeira vez sistemas anônimos de dinheiro digital e reputação.

Em 1992, um grupo de cypherpunks começaram uma lista de e-mail, algo análogo aos fóruns de discussão atuais. Essa lista incluía nomes que mais tarde foram referenciados no whitepaper do Bitcoin ou contribuíram diretamente para o seu desenvolvimento. Entre eles: Nick Szabo (Bitgold), Hal Finney (PGP 2.0, RPOW), Adam Back (Hashcash) e Wei Dai (Bmoney).

Também estava na lista o endereço de e-mail “satoshi@vistomail.com”, cujas mensagens eram assinadas com o nome “Satoshi Nakamoto”.

Em um dos diálogos do grupo, Satoshi foi confrontado com a afirmação de que “não seria encontrada uma solução aos problemas políticos na criptografia”. Ele concordou, mas ressaltou que “podemos vencer uma grande batalha na corrida armamentista e ganhar um novo território de liberdade por vários anos. Governos são bons em cortar a cabeça de redes centralmente controladas, como o Napster, mas redes puramente P2P, como Gnutella e Tor, parecem seguir em frente inabaladas”.

Nakamoto não utiliza nenhum de seus endereços de e-mail há décadas.

O bloco gênesis

O primeiro bloco de Bitcoin a ser minerado ganhou o apelido de “gênesis”. Ele foi minerado por Satoshi Nakamoto em 2009.

O criador do Bitcoin colocou na coinbase desse bloco a manchete do jornal The Times de 3 janeiro de 2009, na qual lê-se: “O chanceler (britânico) está considerando um segundo programa de resgate bancário”.

A última mensagem de Satoshi (pelo menos até o momento)

No dia 26 de abril de 2011, o programador mandou sua última mensagem e o destinatário era Gavin Andresen, um colaborador.

“Eu gostaria que você não continuasse falando sobre mim como uma figura misteriosa e sombria, a imprensa só faz distorções e dá a aparência de uma ‘moeda pirata’. Em vez disso, fale sobre o projeto de código aberto e dê mais crédito aos seus contribuidores de desenvolvimento. Isso ajuda a motivá-los”.

De fato, independente de quem é ou são os responsáveis pela criação do Bitcoin, seu código é aberto – qualquer um pode verificar como ele opera, não há segredos. E é isso o que mais importa.

 

  • Rekt vem do inglês "wrecked", que significa destruído. Estar "rekt" significa estar tomando diversos prejuízos em determinado período.

  • BTFD vem do inglês "Buy the F*cking Dip". É basicamente uma forma agressiva de recomendação de compra quando o mercado está em queda.

  • A sigla UTXO significa Unspent Transaction Output (Transação de Saída Não Gasta) é o saldo o usuário recupera na carteira após uma transação.

  • P2P (peer-to-peer) no contexto de cripto, trata-se de transações entre dois indivíduos sem um intermediário, como uma corretora, por exemplo.

  • Mixer é um serviço que embaralha as criptomoedas de um usuário com a de outros, dificultando seu rastreamento. Usado para aumentar privacidade.

  • Os Cypherpunks são ativistas digitais focados na privacidade e segurança de ativos digitais. Utilizam a criptografia como sua principal ferramenta.

  • Bag holder é um termo usado para definir alguém que manteve um ativo ao longo do tempo apesar da desvalorização constante de seu preço

  • Hard fork é uma separação no protocolo de uma blockchain, uma que segue o protocolo anterior e outro que segue a nova versão.

  • OBV

    OBV (On Balance Volume) é um indicador de análise técnica que relaciona volume com variações de preço.

  • O mempool é onde as transações válidas na rede do Bitcoin aguardam a sua confirmação. Quanto maior o mempool, maior o congestionamento.