Bloco Gênesis

Em 3 de janeiro de 2009, Satoshi Nakamoto fez história quando minerou o primeiro bloco do Bitcoin, o Bloco Gênesis, contendo as primeiras 50 unidades da criptomoeda.

Nakamoto deixou uma mensagem no código do bloco – uma manchete do jornal The Times que anunciava: Chanceler à beira de segundo resgate aos bancos”.

A matéria relata que o então chanceler Alistair Darling, do Reuni Unido, estava considerando ajudar financeiramente pela segunda alguns bancos, o que acabou se concretizando um ano mais tarde.

A mensagem de Nakamoto é uma crítica muito profunda ao sistema monetário atual. A crise de 2008 havia sido desencadeada em parte porque produtos sabidamente ruins (mais especificamente CDOs) foram ranqueados como sendo alta qualidade e vendidos pelos bancos. Além disso, não é incomum ver governos imprimindo dinheiro para bancar populismo e políticas eleitoreiras – só que o efeito colateral disso é inflação.

Assim, o lançamento do Bitcoin representa a independência e soberania do indivíduo em relação a governos e bancos centrais. Nenhum governo consegue aumentar artificialmente a quantidade de bitcoins existentes, como fazem com o dinheiro estatal, ou ter acesso a sua carteira.

Para nós, brasileiros, a importância de um ativo que o Estado não pode confiscar pode ser explicada em uma palavra: Collor.

Mas o que é um bloco? E minerar?

Blockchain significa “corrente de blocos”. De forma sucinta, um bloco contém informações sobre transações, tais informações são analisadas e, se for verificado que as transações são idôneas, o bloco é adicionado a uma “corrente de blocos”.

O Bloco Genesis, também conhecido como Bloco 0, é o primeiro dessa corrente.

O processo de análise e adição explicado acima tem um apelido – “mineração”. Nakamoto minerou o Gênesis utilizando um CPU simples (ao contrário das placas gráficas especializadas que os mineiros agora precisam).

O bloco seguinte, conhecido como Bloco 1, só foi minado seis dias depois, em 9 de janeiro, o que é considerado estranho, pois o intervalo médio entre os blocos é de 10 minutos. Há algumas teorias a respeito do atraso: a teoria mais comum é que Nakamoto passou seis dias minerando o bloco original para testar o sistema Bitcoin a fim de ter certeza de que ele era estável (então retroativa a carimbo de tempo).

Em honra de Satoshi

O Bloco Genesis inicialmente continha 50 bitcoins, mas entusiastas têm feito doações em homenagem a Satoshi.

Estas doações assumem um significado simbólico, pois elas não poderão ser gastas devido a forma como a blockchain funciona.

 

 

 

  • Bull trap se refere a um cenário em que vários investidores preveem uma tendência de alta para um ou mais ativos, mas ocorre o oposto.

  • O bear market é uma condição de mercado onde os preços em baixa e tendem a continuar caindo. É um momento de grande pessimismo.

  • DYOR vem do inglês "do your own research", ou seja, faça sua própria pesquisa. É muito usado por usuários de cripto.

  • OBV

    OBV (On Balance Volume) é um indicador de análise técnica que relaciona volume com variações de preço.

  • A sigla UTXO significa Unspent Transaction Output (Transação de Saída Não Gasta) é o saldo o usuário recupera na carteira após uma transação.

  • IGO

    A IGO (Initial Gaming Offer ou Oferta Inicial de Game) é um evento de arrecadação de fundos para projetos de jogos na blockchain.

  • Paper wallet é um pedaço de papel onde estão escritas as chaves pública e privada que compõem a sua carteira digital. Também chamada de carteira de papel.

  • O soft fork é uma mudança no protocolo de uma criptomoeda que é compatível com versões anteriores. Usualmente são alterações simples.

  • AMM é uma sigla para Automated Market Maker, (em português, Criador de Mercado Automatizado). É um “robô” que faz a cotação entre dois ativos

  • Blockchain é um registro aberto (todos podem conferir) e imutável de dados, os quais podem ou não incluir transações.