Proof of Stake

Proof of Stake (PoS), ou “Prova de Participação”, é o nome dado a um mecanismo de consenso utilizado na validação de transações. Ele foi introduzido em 2011 no fórum Bitcointalk como uma alternativa ao Proof of Work (PoW).

Em síntese, quando estamos lidando com moedas digitais, precisamos garantir que cada unidade da moeda não possa estar em duas carteiras ao mesmo tempo. No caso do Bitcoin, existirão 21 milhões de unidades, no máximo, e cada unidade deve estar em apenas um “lugar”.

Como impedir que uma pessoa envie a mesma unidade para duas pessoas diferentes? Ou seja, como verificar a idoneidade de uma transação, garantindo que não está havendo duplicação via fraude?

Os método PoS e PoW são soluções distintas para esse problema.

Como funciona o PoS?

Como o PoS é mais eficiente em termos energéticos, ele ganhou alguma popularidade.  O Ethereum e a Cardano, por exemplo, o utilizam na validação de transações.

Quando transações na blockchain são iniciadas, elas são enfileiradas na rede para validação posterior. Em seguida, os validadores, também chamados “nós” ou “nodes”, agrupam algumas dessas transações em um bloco.

Quando o bloco é concluído, os validadores o processam para adicioná-lo à uma “cadeia de blocos” (daí o nome blockchain) onde ficarão permanentemente registrados.

No caso do Ethereum, cada bloco precisa do aval de 128 nodes para ser adicionado à “cadeia”.

E o que é preciso para se tornar um validador, ou node? E o que eles ganham com isso?

Os usuários que participam do processo de validação devem bloquear uma certa quantidade de moedas na rede como “stake”, ou “garantia”.

O algoritmo do PoS seleciona os nós de forma pseudoaleatória, utilizando uma combinação de fatores, que incluem o tempo de staking (o tempo em que a quantia ficou parada como “garantia”), um elemento de randomização (dá um grau de aleatoriedade a seleção de nodes) e o valor do node (quanto foi colocado como “garantia”).

No caso do Ethereum, é necessário ter pelo menos 32 Ethers como stake. Quanto maior a quantia, maiores as chances de seleção. E cada vez um node é escolhido, a “idade das moedas” será “reiniciada”.

A recompensa dos nodes são as taxas pagas pelo remetentes das transações contidas no bloco e as criptomoedas criadas durante o processo de validação. Se um remetente pagar uma taxa muito pequena, ele corre o risco de que sua transação demore muito para ser processada, uma vez que em algumas blockchains os validadores podem escolher quais transações serão incluídas no bloco a ser analisado.

  • Vitalik Buterin é co-criador e inventor da Ethereum, a 2° maior criptomoeda do mundo em termos de capitalização de mercado.

  • P2P (peer-to-peer) no contexto de cripto, trata-se de transações entre dois indivíduos sem um intermediário, como uma corretora, por exemplo.

  • Slippage é quando você não consegue executar uma compra pelo preço que pretendia e a compra acaba saindo mais cara que o esperado.

  • Um Utility Token da ao usuário algum tipo de utilidade prática ao obtê-lo: descontos ou benefícios, acesso exclusivo a um produto, etc.

  • Um contrato inteligente, ou smart contract, é um contrato feito em linguagem de programação executado automaticamente entre duas entidades.

  • Exchanges, também chamadas de corretoras de criptomoedas, são sites onde pessoas compram e vendem criptomoedas e tokens.

  • Uma wallet (em português, carteira) é um software ou hardware que permite armazenar criptomoedas de forma segura.

  • Bitcointalk.org é um fórum público fundado por Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin, em 22 de novembro de 2009.

  • O BEP-20 é o padrão de token da Binance Smart Chain. Na BSC, pode-se desenvolver Dapps, assim como os ERC-20, no caso da Ethereum.

  • A sigla UTXO significa Unspent Transaction Output (Transação de Saída Não Gasta) é o saldo o usuário recupera na carteira após uma transação.