Na hora de investir em ativos digitais, há duas categorias de assuntos que você precisa dominar. Em primeiro lugar, os próprios ativos; em segundo lugar, a dinâmica do processo de investimento. Dentro dessa segunda categoria, é fundamental saber o que é uma exchange de criptomoedas.
O que é exchange de criptomoedas
Uma exchange de criptomoedas é uma plataforma por meio da qual os investidores podem negociar esses ativos digitais. É possível comprar e vender, e até mesmo emprestar criptos para a realização de operações mais complexas.
O que significa exchange?
O termo exchange de criptomoedas causa uma certa confusão. Em inglês, exchange é, geralmente, o termo usado para designar as bolsas de valores. Porém, no Brasil, as exchanges de criptomoedas também são conhecidas como corretoras de cripto.
Como bolsas de valores e corretoras são participantes distintas do sistema financeiro – cada uma com seu papel –, isso acaba provocando dúvidas. Afinal, as exchanges são bolsas de valores de ativos digitais ou são corretoras?
Na prática, elas acabam agregando características de ambas.
As exchanges de criptomoedas permitem fazer a negociação de ativos de maneira muito similar ao serviço oferecido pelas corretoras de ativos tradicionais. Você tem acesso às cotações, cria ordens de compra e venda, acompanha a execução de cada transação. Assim, seu funcionamento tem muitas características em comum com os home brokers.
No entanto, essas exchanges também são mais do que apenas um intermediário para essas negociações. Na verdade, elas são o próprio mercado (isto é, a própria “bolsa”).
Então, quando um investidor decide vender Bitcoin ou Ethereum, por exemplo, esses ativos não serão disponibilizados para todos os participantes do mercado. Eles só estarão disponíveis para negociação entre os investidores que participam da mesma exchange. Portanto, cada exchange funciona como uma bolsa de valores para os ativos negociados.
Também é por esse motivo que a cotação de qualquer ativo digital varia de acordo com a exchange utilizada. Suponha que em certa plataforma há uma maior demanda por Dogecoin. Isso leva o preço da DOGE a subir com mais força do que em outras plataformas.
Qual é a importância das exchanges?
As exchanges de criptomoedas são fundamentais para a realização de investimentos nesses ativos digitais em grande escala. Existem outras formas de negociar cripto. No entanto, devido à descentralização, são formas menos eficientes.
Seria preciso fazer cada transação de maneira direta entre um comprador e um vendedor, o que deixaria o investidor excessivamente exposto a risco, como flutuações de preço aleatórias. Nem é preciso mencionar que esse tipo de negociação também consome muito tempo.
Portanto, as exchanges são uma solução para reunir investidores de cripto em um mesmo ambiente digital e viabilizar a realização de negociações com maior eficiência.
Como as exchanges funcionam?
Essencialmente, não há muita diferença entre o funcionamento de uma exchange de criptomoedas e uma corretora de ativos tradicionais. Tudo começa, é claro, com a escolha da exchange, a abertura de uma conta e a transferência de fundos para realizar transações.
Compra e venda direta de criptomoedas
Uma das operações que você pode realizar na exchange de criptomoedas é a compra ou venda direta. É uma transação simples: você determina qual cripto deseja negociar, a quantidade inteira ou fracionária e o preço. Havendo uma ordem oposta compatível, ambas são executadas.
Trade de criptomoedas
O trading de cripto consiste em uma atividade de investimento voltada para ganhos imediatos. O investidor realiza a compra e venda para se beneficiar com as variações de preço que acontecem minuto a minuto. O procedimento das operações é o mesmo, mas é preciso realizar muitas operações em janelas de tempo curtas.
Empréstimo de criptomoedas
Em uma exchange, os investidores também podem emprestar e tomar emprestadas criptos para a realização de operações financeiras mais complexas: compra e venda a descoberto.
Nessas operações, o investidor negocia com ativos que não tem, o que aumenta seu potencial de alavancagem. Isso significa que ele pode realizar ganhos muito mais altos em relação ao seu capital disponível para investimento. No entanto, operações a descoberto também apresentam nível de risco mais elevado.
Armazenamento de criptomoedas
Além de possibilitar que os investidores negociem, as exchanges também costumam oferecer o serviço de armazenamento de criptomoedas. Dessa maneira, na mesma plataforma em que você compra e vende criptos, também conta com uma carteira digital para gerenciar com segurança seus ativos.
Como negociar em uma exchange?
Você já viu nesse artigo que é simples realizar a compra ou venda direta de criptomoedas em uma exchange. Agora, vamos aprofundar um pouco mais esse tema, entendendo o que é Order Book e quais são os principais tipos de ordem de compra ou venda que podem ser utilizados.
O que é Order Book
Order Book, ou Livro de Ordens, é o registro das ordens de compra e de venda que são recebidas por uma determinada exchange de criptomoedas. Esse livro tem finalidades importantes.
A primeira delas é garantir que as ordens, dentro da compatibilidade entre compra e venda, sejam executadas na mesma sequência em que são recebidas.
Suponha que a exchange receba uma ordem de venda de 12 Bitcoin por um determinado preço. Ela também recebe duas ordens de compra de 8 Bitcoin cada, pelo mesmo preço. Ou seja, ambas as ordens de compra podem ser realizadas com a ordem de venda – mas não juntas. Uma delas pode ser realizada 100% e a outra, apenas 50%.
Então, qual dessas ordens vai ser realizada 100%? A resposta é: aquela que foi recebida primeiro.
Porém, esse não é o único uso do Order Book. Ele também é considerado uma ferramenta de transparência para as transações realizadas na exchange.
Negociação com ordem a mercado
O primeiro tipo de ordem é a ordem a mercado. Sua característica fundamental é que o preço da transação é determinado pela contraparte. Em outras palavras, quem estabelece o preço é o próprio mercado. Além disso, o limite varia 5% sobre o valor da última ordem executada.
Vamos supor que você quer comprar Ocean Protocol. Então, sua ordem de compra será executada com o melhor preço de venda disponível – o mais baixo. E, para ficar dentro do limite, você só vai pagar até 5% a mais do que o preço da última ordem de compra executada.
Agora, vamos supor que você quer vender Ocean Protocol. Sua ordem de venda será executada com o preço de compra mais alto disponível. Ele só poderá ser até 5% mais baixo do que o preço da última venda realizada.
O sistema busca compatibilizar as ordens recebidas, de acordo com esses critérios. Enquanto não for possível combinar uma ordem de compra e uma ordem de venda segundo esses parâmetros, as operações não são executadas.
Negociação com ordem limitada
O segundo tipo é a ordem limitada. Ela se diferencia da ordem a mercado porque é o próprio investidor que determina qual será o preço. Isso significa que uma ordem limitada pode demorar mais para ser executada, já que ela depende de haver uma contraparte propondo exatamente o mesmo preço.
Suponha que você queira comprar Iota por R$ 3,00. Sua ordem só será executada quando houver um investidor vendendo Iota por R$ 3,00. Se houver apenas ordens de venda por R$ 3,05, a operação ficará pendente.
Negociação com ordem stop loss ou stop gain
O terceiro tipo é a ordem stop, que pode ser dividida entre stop loss ou stop gain. Uma ordem stop loss visa limitar perdas, enquanto uma ordem stop gain pode controlar os ganhos com uma transação.
A lógica por trás de cada uma delas é a mesma: estabelecer um parâmetro que dispara a entrada da ordem no mercado.
No caso da ordem de venda stop loss, você determina um preço mínimo pelo qual está disposto a vender os ativos. Quando eles chegarem a esse preço, a ordem é disparada. Assim, é possível evitar que você perca mais, caso o ativo se desvalorize abaixo desse preço.
No caso da ordem de compra stop loss, você determina um preço máximo pelo qual está disposto a comprar os ativos. Quando eles chegarem a esse preço, a ordem é disparada. Assim, é possível evitar que você perca mais, caso o ativo se valorize acima desse preço.
Para ordens de compra e venda stop gain, os cenários são revertidos.
O motivo para querer controlar os ganhos é também reduzir o nível de risco. Afinal, quando um ativo apresenta um movimento de preço muito forte, ele pode reverter rapidamente. Identificar o “pico” desse movimento é uma aposta. Quanto mais segurar a aposta, maiores as chances de perder.
Então, no caso da ordem de venda stop gain, você determina um preço máximo pelo qual está disposto a vender os ativos. Quando eles chegarem a esse preço, a ordem é disparada. Assim, é possível evitar perdas, caso o ativo reverta para desvalorização.
No caso da ordem de compra stop gain, você determina um preço mínimo pelo qual está disposto a comprar os ativos. Quando eles chegarem a esse preço, a ordem é disparada. Assim, é possível evitar perdas, caso o ativo reverta para valorização.
Na prática, todos esses cenários consistem em ordens stop. O que define se são stop loss ou stop gain é o contexto e a motivação de uso do stop.
As exchanges de criptomoedas são seguras?
Como em toda atividade de investimento, segurança é uma das principais preocupações quando o assunto é exchange de criptomoedas. E essa preocupação não é infundada.
Dados indicam que quase 3 milhões de brasileiros estão registrados em exchanges no país. Em 2018, as negociações de criptomoedas chegaram a R$ 6,8 bilhões. Em 2019, já havia 35 empresas atuando.
Apesar dos impressionantes números desse mercado, os órgãos reguladores brasileiros ainda não se posicionaram claramente quanto a como vão regulá-lo. Até o momento, esse assunto se resume a dois pontos principais:
– Todas as exchanges que operam em território nacional são obrigadas a apresentar, mensalmente, as informações de transações realizadas por CPFs à Receita Federal;
– CVM e BACEN já sinalizaram não regular este setor, mas gradualmente estão se familiarizando e, em breve, deverão se posicionar.
Existe um certo nível de controle, embora ainda não tão elevado quanto em outras instituições mais tradicionais do sistema financeiro. Por isso, confiabilidade ainda é um fator que deve ser levado em consideração na hora de escolher exchanges de criptomoeda.
Como escolher a melhor exchange?
Além da confiabilidade, outros fatores devem ser levados em consideração na escolha da melhor exchange de criptomoedas. Quais fatores são esses? Em parte, a resposta depende do perfil e dos objetivos do investidor.
Investidores focados em operações de compra e venda diretas preferem exchanges que apresentem uma plataforma fácil de operar. Enquanto isso, investidores focados em trade optam por exchanges com uma plataforma mais robusta em funcionalidades.
Além disso, existem três aspectos gerais que todo investidor precisa avaliar: o portfólio, o processo e o custo.
Uma boa exchange oferece um portfólio completo de criptomoedas, garantindo maior liberdade para os investidores. Ela tem um processo simples de negociação, facilitando a entrada até mesmo dos iniciantes nesse mercado. Para completar, apresenta taxas com valores competitivos.
A Monnos atualmente tem mais de 80 criptomoedas em seu portfólio, e uma nova criptomoeda é adicionada a cada 15 dias através de votação da comunidade. Você pode criar sua conta em 5 minutos, transferir fundos via PIX e efetuar operações pelo app no smartphone. As taxas são sempre transparentes, e você não paga por abertura de conta, custódia ou depósito.
Conclusão
Nesse artigo, você aprendeu o que é uma exchange de criptomoedas e como ela funciona. O próximo passo é escolher a exchange ideal para você e começar a investir. Lembre-se de buscar uma solução que combine confiabilidade com um portfólio completo, processo simples e taxas acessíveis.
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