O peer-to-peer (P2P) é uma tecnologia que surgiu muitos anos atrás, porém só teve seu devido destaque há cerca de 20 anos.
Com essa tecnologia, é possível compartilhar conteúdos e arquivos sem a necessidade de um intermediário – logo, o P2P funciona como um tipo de servidor.
Hoje em dia, existem diversos softwares que têm como base a transmissão peer-to-peer, como é o caso do Torrent. No entanto, essa inovação já chegou no mundo das criptomoedas também.
Acompanhe o texto e entenda um pouco mais sobre a tecnologia e de que forma ela se associa com a criptoeconomia.
O que significa P2P?
Termo que significa “pessoa para pessoa”, o peer-to-peer funciona basicamente como um servidor que oferece tudo o que comporta diretamente ao usuário final. Dessa forma, uma empresa intermediária é descartada.
Normalmente, a tecnologia é relacionada com softwares de “pirataria”, como eMule e uTorrent – mas ela foi popularizada com o surgimento do Napster, em 1999.
Além do compartilhamento de arquivos praticado por esses programas, o P2P também pode ser encontrado nas criptomoedas e suas devidas blockchains. Inclusive, quando Satoshi Nakamoto (pseudônimo do criador do Bitcoin) publicou o white paper da maior cripto do mundo, lá já estava escrito que a criptomoeda é “um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer”.
Como funciona o sistema P2P?
O P2P funciona de uma forma muito simples. Resumidamente, existe um protocolo que permitirá que as pessoas que usam um determinado programa se conectem diretamente com outros usuários.
Existem 4 jeitos diferentes de utilizar tal tecnologia:
Transferência de arquivos
Tipo de aplicação mais conhecida do P2P, a transferência de arquivos dessa maneira se dá muito mais rápida e eficiente do que se utilizasse uma conexão entre cliente e servidor.
Comunicação
Diversos aplicativos de comunicação utilizam a rede P2P. Um exemplo é o Skype, que usa a tecnologia para que a chamada de voz ou vídeo viaje de ponto a ponto entre os servidores de cada usuário.
Consumo de mídias
O P2P também possibilita que sinais de rádio e televisão sejam transmitidos sem o intermédio de um servidor central.
Criptomoedas
A blockchain é um ambiente em que todas as transações financeiras de moedas digitais são registradas e também é uma tecnologia peer-to-peer, visto que não existe nenhuma instituição que centralize as movimentações financeiras feitas.
Como o P2P se aplica às criptomoedas?
Muito provavelmente você já utiliza o P2P para aplicações que não sejam relacionadas às criptos. Porém, é muito importante entender como a tecnologia funciona nesse ambiente, até para ter mais possibilidades de negociação no futuro.
Confira abaixo:
Blockchain e Peer-to-Peer
Ao contrário dos servidores que centralizam o poder de transmissão, no P2P quanto mais gente usa o sistema, mais capacidade ele tem, visto que cada usuário é como se fosse um sistema.
Contudo, mesmo com uma arquitetura dessa, é muito difícil impedir que pessoas surjam querendo atrapalhar o serviço – o que pode acontecer quando alguém coloca um conteúdo que não é válido, por exemplo.
No caso da blockchain, essas limitações foram resolvidas com algumas particularidades, como o proof of work (PoW), um método de consenso que determina os passos para uma blockchain funcionar. Com o PoW, tanto um desafio criptográfico precisa ser resolvido quanto o poder computacional do usuário precisa ser direcionado à rede, o que proporciona segurança a todos.
Como o P2P impacta nas operações com criptos
O P2P é uma arquitetura de redes de computadores, mas também uma forma de negociação de ativos digitais. A partir desse modelo, os usuários negociam entre si, seja Bitcoin, Ethereum ou qualquer outra altcoin, sem um intermediário.
Quando alguém compra ou vende criptos através do P2P, o valor dela não é previamente determinado, como acontece nas corretoras. Na verdade, cada pessoa pode determinar o valor da moeda que está sendo vendida e/ou comprada.
Geralmente a negociação é feita por aplicativos de conversas, sites ou plataformas que reúnem negociantes peer-to-peer.
Qual a diferença entre Peer-to-Peer, mineração e exchange?
No mundo das finanças, existem muitos termos que podem confundir as pessoas – e o mesmo ocorre com o universo das criptomoedas.
Para você entender exatamente o que são três dos termos mais comentados nesse universo cripto, veja abaixo as suas explicações:
– Mineração: processo que valida as transações feitas em cada bloco da blockchain e coloca as criptomoedas em circulação;
– Exchange: plataforma semelhante a uma corretora onde é possível comprar, vender e guardar criptomoedas;
– Peer-to-peer: negociação de criptomoedas de uma pessoa para outra sem intermediários.
Peer-to-Peer vantagens e desvantagens
O P2P apresenta várias vantagens (e também desvantagens) às pessoas. Conheça algumas delas:
Vantagens do P2P
Quando comparada a outros modelos de negociação de criptomoedas, o P2P apresenta boas vantagens, tais como:
Agilidade
Como o peer-to-peer conecta duas pessoas diretamente, as transações das criptos são bem mais ágeis.
Menores taxas
Quando as negociações são feitas por meio de exchanges, normalmente se cobram taxas de saques e transferências. Em negociações P2P, essa taxa também existe, mas geralmente é bem mais em conta.
Possibilidade de negociação
Mesmo que uma criptomoeda tenha uma média de preço, no P2P é possível negociar esse valor, já que a transação ocorre diretamente entre duas pessoas.
Desvantagens do P2P
Assim como o P2P apresenta vantagens, esse tipo de tecnologia também possui desvantagens:
Sem intermediários ou garantias
Como o P2P não tem uma entidade central para que as transações aconteçam, ele também não garante que você vai, de fato, receber as criptomoedas compradas ou o dinheiro da venda.
Necessidade de conhecimento em criptos
Uma pessoa que queira negociar via P2P precisa ter conhecimentos básicos sobre o mercado cripto, como saber o que é um endereço, uma carteira cripto, rede blockchain onde está ou será recebido o ativo, etc.
Tempo exigido
Quando alguém quer negociar criptomoedas por meio de P2P, os vendedores precisam ser encontrados “pessoalmente”. Contudo, essa pesquisa pelas pessoas corretas pode levar tempo até confirmar a identidade e verificar a opinião de outros compradores.
Custódia
Quando a negociação é feita por exchange, normalmente ela já possui uma carteira para armazenar as criptos. Logo, na transação P2P, o usuário é responsável pela custódia.
Como negociar por P2P (Peer-to-Peer)?
Para que uma negociação P2P aconteça, é preciso encontrar os vendedores. Isso pode ser feito através de grupos de WhatsApp ou Telegram, redes sociais ou sites.
Um outro jeito de encontrar vendedores P2P é por meio de plataformas que reúnem vendedores e compradores cripto, como LocalBitcoins, Paxful e Catálogo P2P. Além disso, você também pode pedir indicações de quem já está envolvido no mercado.
A definição das questões referentes a valores, prazos e formas de pagamentos serão definidas durante a conversa.
É seguro negociar por Peer-to-Peer?
A maior liberdade de negociação de preços e condições de pagamento são grandes atrativos no peer-to-peer. No entanto, essa prática pode apresentar alguns riscos.
Em primeiro lugar, a compra/venda é feita na base da confiança, já que não existe nenhum tipo de garantia. Ademais, caso ocorra algum tipo de problema com a transação, você não tem nenhum tipo de suporte ao qual recorrer.
Porém, o que mais pode te prejudicar são os golpistas disfarçados de P2P, pois você pode perder suas criptomoedas ou dinheiro através de uma negociação.
Conclusão
O mundo tem se transformado em algo muito tecnológico e inovador – e a rede P2P é apenas uma parte disso tudo, envolvendo, inclusive, as criptomoedas.
Mesmo existindo 3 formas de comprar ativos digitais (exchange, DEX e P2P), o P2P é o que proporciona mais liberdade aos usuários, só que é preciso muito cuidado na hora de efetivar a transação.
A fim de evitar qualquer tipo de risco ou golpe, indicamos que todas as negociações sejam feitas através de uma exchange confiável, como a Monnos. Presente no mercado desde 2019, hoje nós somos um crypto bank completo e contamos com o maior portfólio de criptomoedas do Brasil.
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