Você já percebeu o quanto a internet mudou desde que você começou a usá-la com mais frequência? De sites estáticos até a possibilidade de interagir com outras pessoas instantaneamente muita coisa teve que acontecer. E felizmente, isso não tende a parar por aí.

De uns tempos para cá, uma “nova fase” da internet está sendo desenvolvida, porque, assim como boa parte das coisas que existem, o World Wide Web (WWW) também precisa ser remodelado.

Chamada de Web3, essa evolução se dará principalmente para que os internautas consigam ter maior controle sobre seus dados. Mais do que isso, ela irá proporcionar a descentralização dos dados – o que poderá afetar, inclusive, a economia do mundo.

Para entender um pouco mais sobre essa 3ª geração da internet, acompanhe este texto que preparamos para você sobre o assunto!

O que é a Web3?

A primeira vez que alguém falou em Web3 foi em 2014 por Gavin Wood, co-fundador da Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo. E isso ocorreu pelo simples fato dessa nova fase da internet ser gerida por blockchains, a tecnologia utilizada nas criptomoedas.

De forma bem didática, a Web3 é um espaço em que os dados das pessoas serão descentralizados, o que limita a participação das big techs no processo. Dessa forma, cada usuário poderá escolher onde quer armazenar os seus dados.

Dentre as suas principais características, estão:

– Web de código aberto;

 – Sem intermediário entre as conversas dos usuários;

– Dinheiro não controlado por Governos circulando livremente.

Qual é a diferença entre Web1, Web2 e a Web3?

Para compreender exatamente o que é a Web3, precisamos entender o que define as duas gerações anteriores da internet.

Web1

Iniciada no fim dos anos 1980 e permanecendo ativa até 2000, a Web1 é consagrada pela criação do World Wide Web pelo físico e cientista da computação Tim Berners-Lee.

Neste período, a internet era composta por páginas estáticas com muito texto e poucas imagens, o que proporcionava a passividade dos consumidores.

Web2

A partir dos anos 2000, surgiu a Web2, uma solução que visava uma maior interatividade na internet. Foi nessa época que surgiram os aplicativos de bate-papo e redes sociais.

Utilizada até hoje, a Web2 trouxe muita gente para o mundo da internet – porém, junto a essas pessoas, vieram também as grandes empresas de tecnologia. Como consequência, criou-se uma monopolização na rede mundial de computadores.

Web3

Com a ideia de unir o melhor da Web1 e da Web2, a Web3 chega com o objetivo de descentralizar a internet. Apesar de ainda estar sendo construída, muitas tecnologias que irão auxiliar o seu funcionamento já existem, como a blockchain e as criptomoedas.

Qual é a relação entre Web3 e as criptomoedas?

Um dos pontos em comum entre a Web3 e as criptomoedas é a tecnologia blockchain, a qual está proporcionando, cada vez mais, a descentralização dos processos. O primeiro caso de uso da blockchain foi no lançamento do Bitcoin, a maior criptomoeda da atualidade.

Além dessa semelhança, um dos principais conceitos da nova geração da internet é a tokenização, ou seja, transformar algum item físico em informações criptografadas e armazenadas em um banco de dados público (como a blockchain). E é a partir desse processo que novas formas de adquirir serviços e produtos surgiram – como é o caso dos NFTs.

Alguns criptoativos que já existem visam acelerar a construção da Web3 – logo, são conhecidos também como tokens da Web3. Conheça alguns deles:

Polkadot

Basic Attention Token

– Livepeer;

– BitTorrent;

– Helium.

Entenda os principais pilares da Web3

Para que a terceira geração da web funcione conforme o proposto, a existência de 3 pilares é fundamental:

Descentralização

No início da internet, ela era um protocolo aberto e descentralizado. Porém, por volta dos anos 1990, esse espaço passou a ser centralizado pelas grandes empresas que acompanham o nosso dia a dia, como Google, Amazon e Microsoft.

Com a Web3, o desejo é de fazer com que a internet retome suas origens, ou seja, ninguém mais passará a ter tanto controle sobre os dados produzidos pelas pessoas.

NFTs

O NFT é um token não-fungível que, quando adquirido, você garante a sua propriedade. Em outras palavras: apenas você é dono daquele NFT, ninguém mais.

Pelo fato de não possuir um determinado valor estipulado, o NFT tem um valor subjetivo, ou seja, quem define quanto ele vale é o interessado pela sua compra. Um bom exemplo de tokens não-fungíveis são as obras de arte, como as famosas telas de Picasso ou Van Gogh. Essas normalmente são negociadas por lances, de forma semelhante aos leilões.

Recentemente, publicamos um e-book aqui no site sobre o assunto. Se ainda não leu, clique e confira tudo sobre NFT

Metaverso

A Web3 vai modificar a forma como usamos a internet, desde a parte do entretenimento até a interação entre as pessoas. Para isso, portanto, ela precisa contar com um ambiente que proporcione uma tridimensionalidade e virtualidade da internet – que nada mais é do que a proposta do metaverso.

O metaverso ainda está em desenvolvimento, assim como a Web3, e sua proposta é ligar o real com o virtual em uma experiência única, onde uma infinidade de ações serão possíveis. Alguns exemplos de ações são: ir em um show virtualmente, escolher e provar as roupas de uma loja e recebê-las em casa, etc.

Como a Web3 vai impactar no dia a dia das pessoas?

Hoje em dia, boa parte das profissões já envolvem o uso do computador e da internet. E quanto mais ela é requisitada, melhor ela precisa ser para entregar aos usuários o que eles precisam.

Diante disso, a Web3 surge como uma forma de inovar o mecanismo de uso entre as pessoas e o World Wide Web, incluindo até mesmo protocolos de proteção, privacidade e descentralização – e tudo para deixar os seus dados com quem precisa estar: você.

E como não poderia deixar de ser, a Web3 já está cada vez mais perto da nossa realidade e ela irá mudar não só o jeito da gente trabalhar, mas também a forma que nos entretemos. 

Quer um exemplo recente? No fim de outubro de 2021, o grupo Facebook divulgou a sua mudança de nome para Meta (que remete ao metaverso, um dos pilares dessa nova fase da internet).

Quais as vantagens da Web3?

Toda tecnologia apresenta vantagens ao usuário – e no caso da Web3 não é diferente.

Descubra algumas:

Segurança

A segurança e a autonomia do usuário sobre seus próprios dados será muito maior com a Web3. Essa, com certeza, é a principal vantagem que irá influenciar o comportamento das pessoas dentro da internet.

Privacidade

Com o usuário tendo mais autonomia sobre seus dados, a privacidade deles ficará bem maior, impedindo com que o monopólio das big techs permaneça do jeito que está.

Liberdade

Com as inúmeras propostas que a Web3 tem desenvolvido, vários campos das nossas vidas serão impactados, desde as finanças até a saúde. Sendo assim, não é só o profissional que será impactado, mas também o pessoal.

Agilidade

Como essa nova geração da internet buscará tecnologias recentes para operar, como blockchain, machine learning e inteligência artificial, tudo o que envolve a Web3 se dará de forma muito mais rápida.

Conclusão

Mesmo que a transição da Web1 para a Web2 tenha demorado a se consolidar, a Web3 já tem caminhado para a concretização – e a popularização das criptomoedas e NFTs nos últimos anos só tem comprovado isso.

Além do mais, com essa nova geração da web, diversos negócios surgirão, assim como novos serviços digitais farão parte do nosso cotidiano, sejam eles descentralizados desde o início ou não.

E todas as novidades que envolvem a Web3 você pode acompanhar aqui no blog da Monnos!

Rodrigo Soeiro – CEO da Monnos

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