Um contrato inteligente, ou smart contract, é um contrato feito em linguagem de programação executado automaticamente entre duas entidades.
Um exemplo bem simples seria um contrato inteligente dizendo: “Enviar 0,5 Bitcoin para determinada carteira se o Bitcoin chegar a 100.000,00 dólares.”
O comando será executado automaticamente caso a moeda criada por Satoshi atinja o valor especificado.
Construído tendo como base a tecnologia blockchain, esse tipo de contrato chama atenção por sua transparência, evitando mal-entendidos e fraudes mediante alteração ou falsificação. Além disso, não é necessária a participação de terceiros.
Um dos principais nomes por trás da criação dessa inovação é Nick Szabo, um pioneiro da computação moderna. Ele descreveu os smart contracts da seguinte forma:
“Novas instituições e novas formas de formalizar as relações que compõem essas instituições agora são possíveis graças à revolução digital. Eu chamo esses novos contratos de ‘inteligentes’, porque eles são muito mais funcionais do que seus ancestrais inanimados baseados em papel. Nenhum uso de inteligência artificial está implícito. Um contrato inteligente é um conjunto de promessas, especificadas em formato digital, incluindo protocolos nos quais as partes cumprem essas promessas.”
Como funcionam os contratos inteligentes?
Os termos do contrato devem ser uma sequência exata de operações, e ele será implantado no Blockchain, e poderá ser visto pelos interessados. A autenticação das partes é feita através de uma transferência de algum valor a partir de uma carteira na blockchain e a assinatura é feita com as chaves privadas.
Smart contracts e criptomoedas
Várias plataformas baseadas em blockchain permitem a criação de contratos inteligentes, a criação e transação de tokens e a transação de criptomoedas.
– A plataforma Ethereum é a mais famosa. Além da criação de smart contracts e transação da moeda Ethereum, ela permite a criação de aplicativos descentralizados e criação e transação de tokens.
– Criada em 2017 por Anatoly Yakovenko, tem como diferencial alta velocidade de transação a baixo custo. Para se ter uma ideia, enquanto o tempo de bloco da Solana é de 400 milissegundos, em média, o da Ethereum é de 15 segundos e o do Bitcoin 10 minutos. Ela permite a criação de aplicativos descentralizados e smartcontracts, e utiliza seu próprio token, o SOL.
– Desenvolvida em 2017 pelo empresário Justin Sun, tem foco no mercado de conteúdo. A rede comprou o serviço de compartilhamento de arquivos BitTorrent em 2018.
– Criada pelos empresários Dan Larimer e Brendan Blumer, a plataforma suporta smart contracts e aplicativos descentralizados. Utiliza um token também chamado EOS e não há cobrança de taxas para transacionar esse token dentro da plataforma.
– Conhecida como “Ethereum Japonês”, a plataforma comporta smart contracts e diversos aplicativos financeiros descentralizados. Ela emite seu próprio token, Cardano ADA.