Desde o surgimento da primeira criptomoeda, o Bitcoin, lá em 2009, muita coisa mudou na área das finanças e da tecnologia.
A primeira grande mudança foi o fato de descentralizar as transações financeiras, isto é, não depender de um órgão para validar todas elas. Depois, pela tecnologia blockchain permitir que as atividades executadas fossem além delas.
Por conta dos diversos projetos que foram sendo desenvolvidos, já é possível observar no mundo das criptos três gerações – e você vai entender um pouco mais sobre elas no artigo a seguir!
O que são criptomoedas?
Tipo de moeda digital, as criptomoedas são moedas criadas em uma rede blockchain e que utilizam criptografia para proporcionar maior segurança durante as transações.
Dentre as características que apresentam, as que mais se distinguem das moedas fiduciárias são as seguintes:
– Descentralização: por não terem nenhum tipo de Banco Central que as regulamente, as criptomoedas geram mais liberdade, transparência, privacidade e confiabilidade aos seus usuários;
– Anonimato: a maioria das criptomoedas não exige nenhum tipo de informação pessoal de quem as utiliza, a não ser que uma exchange ou serviço peça o KYC (know your customer);
– Proteção contra inflação: boa parte das criptos não estão atreladas a moedas fiduciárias, o que faz com que elas não sejam atingidas pela inflação que todo país tem.
Nos últimos anos, principalmente de 2020 para cá, as criptomoedas têm sido uma alternativa de investimento cada vez mais frequente, principalmente entre os mais jovens. De acordo com uma pesquisa divulgada em maio de 2021 e feita pela Piplsay, uma plataforma para tomadores de decisão, 49% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1995) afirmaram ter alguma criptomoeda em sua posse.
Isso só comprova que essa nova forma de lidar com o dinheiro chegou para ficar.
As 3 gerações das criptomoedas
Cada geração das criptos são definidas de acordo com suas funcionalidades. Entenda melhor:
1ª geração
A criptomoeda da primeira geração é aquela que inaugurou todo esse movimento – o Bitcoin.
Mesmo com uma alta volatilidade, foi essa cripto que apresentou ao mundo a tecnologia blockchain, bem como a possibilidade de diversas pessoas poderem transacionar valores 24 horas por dia, sete dias na semana. Além do mais, com ela também é possível verificar qualquer informação sem pedir acesso.
Um dos pontos mais discutidos entre a comunidade cripto acerca do Bitcoin é com relação à demora de implementar atualizações no protocolo. No entanto, apesar disso, sua estrutura é extremamente segura e mantém equilibrado os interesses entre usuários e mineradores.
2ª geração
A segunda geração tem como principal característica o momento em que as criptomoedas não são mais utilizadas apenas para transações financeiras, mas também passam a estabelecer condições acordadas entre todos os envolvidos.
O grande nome dessa geração é a Ethereum e a inovação apresentada ao mercado foi a criação dos smart contracts, um tipo de programação das aplicações apoiadas em blockchain.
Uma grande questão que acomete esse tipo de criptoativo é o “problema do oráculo”, que nada mais é do que transportar informações off chain para o ambiente on chain. Em outras palavras, se um smart contract necessitar de informações de uma venda de um terreno, alguém precisará repassar para a blockchain. Ou seja, não há automação nesse caso – até por questões de segurança.
Para resolver esse problema, uma plataforma chamada Chainlink foi desenvolvida e, hoje, é responsável por cerca de 50% de todos os dados off chain usados nessas aplicações. Isso acontece porque seu sistema é baseado na confiança dos dados, os quais são validados por pessoas que se submetem ao processo de se tornar stakeholder, colocando suas próprias criptos na rede.
3ª geração
Mesmo apresentando os smarts contracts ao mercado, as criptos da segunda geração ainda não solucionaram três questões importantes do ativo: escalabilidade, interoperabilidade e sustentabilidade. E foi diante disso que surgiu a terceira geração de criptomoedas.
Em constante desenvolvimento, as chamadas altcoins já chamam bastante a atenção dos investidores. O destaque, aqui, vai para a Cardano, um projeto blockchain que permite mudanças em seu protocolo de maneira simples e menos burocrática.
Com o objetivo principal em criar um mecanismo que faça com que a comunicação entre diferentes blockchains seja sistematizada, iniciativas como Polkadot e Solana também merecem atenção quando se trata da terceira geração de criptomoedas.
Mas além dessas criptos, uma já conhecida pelos usuários também vem criando algo inovador para melhorar ainda mais a estrutura da blockchain: a Chainlink, que surge com o conceito de hybrid smart contracts (contratos inteligentes híbridos).
Contratos inteligentes híbridos
Os contratos inteligentes híbridos são mecanismos que combinam o código on chain aos oráculos off chain. Atualmente, são eles que formam a espinha dorsal de boa parte das finanças descentralizadas (DeFi). Para projetos como Compound e Aave, por exemplo, sem esses contratos, muitos dos serviços oferecidos não seriam possíveis.
Mas os contratos inteligentes híbridos vão bem além das DeFi, pois têm sido utilizados de diversas maneiras – principalmente em aplicativos que visam mudar a vida das pessoas para melhor. Segundo Sergey Nazarov, CEO da Chainlink, esses contratos vão definir o futuro da indústria.
Conclusão
Neste artigo, pudemos observar que cada geração de criptomoedas surgiu na intenção de resolver algum problema encontrado na cadeia econômica. Porém, como nem tudo ainda foi solucionado, não há dúvidas que novas gerações podem estar a caminho.
Para ficar por dentro de tudo o que acontece no universo cripto, fique ligado em nosso blog e acompanhe todas as novidades!