De uns 10 anos para cá, a palavra mineração mudou de significado para muitas pessoas. Enquanto algumas conhecem apenas a mineração que se refere a pedras preciosas, como ouro e prata, outras já sabem que a prática também pode estar atrelada às criptomoedas.

E as duas ações têm o mesmo nome porque o trabalho de ambas é bastante semelhante. Para os metais, os mineradores precisam de equipamentos de ponta para que o produto seja encontrado nas profundezas dos locais. Já para as criptos, os bons equipamentos também são necessários, só que pensando em poder computacional.

Ao contrário da mineração tradicional, a mineração de criptomoedas depende muito de sistemas de internet para ser efetiva. O Bitcoin, por exemplo, é minerado só depois que um grupo de pessoas consegue resolver uma equação dada pelo sistema. E quanto mais gente interessada na solução, mais difícil e complexa ela fica.

Quer entender mais sobre essa prática tão importante para o universo cripto? Então continue lendo este texto e saiba tudo sobre o assunto!

O que é mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas é o processo de validação e inclusão de novas transações em uma determinada blockchain. Como resultado da ação, novas moedas digitais são criadas e colocadas para negociação.

Fazendo uma analogia às moedas fiduciárias, que são emitidas por Bancos Centrais, as criptomoedas são criadas a partir de um grupo de pessoas engajadas com certo protocolo. A diferença é que, para as criptos, não existe uma entidade reguladora por trás dessa criação – na verdade, tudo é controlado por algoritmos de consenso, como o proof of work (PoW) e o proof of stake (PoS).

Mineração de criptomoedas é crime?

Como a mineração de criptomoedas é um dos processos fundamentais para que novas moedas circulem nas blockchains, a prática não é considerada crime – até porque ela envolve a resolução de uma equação matemática.

Inclusive, recentemente o governo brasileiro liberou uma resolução que zera a alíquota de imposto cobrada na importação dos equipamentos que utilizam o algoritmo SHA256 na mineração do Bitcoin.


No entanto, em alguns países a prática é considerada crime pelo governo – como é o caso da China que, além de proibir a mineração, declara ilegais as transações feitas com criptomoedas.

Como funciona a mineração de criptomoedas?

Processo responsável por validar todas as transações feitas na blockchain, a mineração de criptomoedas consiste na solução de equações complexas por meio de computadores. 

Apesar de parecer simples, não é. E isso porque as soluções precisam ser encontradas rapidamente – ou seja, antes de qualquer outra pessoa –, portanto, uma máquina extremamente potente precisa estar envolvida na função.

Existem alguns tipos de algoritmos que auxiliam a mineração de criptomoeda: além do proof of work e do proof of stake, já comentados, também existe o proof of capacity. 

Mas independentemente de qual seja o algoritmo que rege o protocolo, o minerador recebe uma recompensa em criptomoedas para cada bloco minerado – que só existe porque a solução do código foi encontrada.

Quanto ganha um minerador de criptomoedas?

O valor recebido pela mineração varia de acordo com cada criptomoeda. Atualmente, os ativos que mais pagam pelo trabalho são as principais criptos do mercado: Bitcoin e Ethereum.

No caso do Bitcoin, os mineradores são recompensados com 6,25 BTC por cada bloco minerado – sendo que 1 BTC, no momento, está valendo R$ 122,429.64.

Mineração de criptomoedas vale a pena?

Quando o Bitcoin foi lançado, em 2008, minerar as criptos era muito mais simples e todo o processo podia ser feito de computadores domésticos. Contudo, com o passar dos anos, a moeda se valorizou, o que, consequentemente, aumentou a procura pela mineração.

Nos últimos meses, contudo, o mercado de criptomoedas tem sofrido uma grande baixa, incluindo o Bitcoin. Logo, a mineração do ativo também está sentindo essa dor, visto que as mineradoras estão lucrando menos com a prática.

Para se ter uma noção, o hashprice (potencial de receita na mineração de BTC) diminuiu em torno de 58% em relação à média de 2021. E o cenário só tende a ser cada vez mais difícil, pois, a cada duas semanas, a mineração dos blocos muda.

Quais criptomoedas podem ser mineradas?

No mundo das criptomoedas, várias são as formas de fazer com que elas existam. Além da mineração, também há a pré-mineração ou, ainda, aquelas que já são lançadas com todo o supply distribuído, o que descarta a necessidade do processo de mineração.

Contudo, como o tema deste texto é justamente a mineração, nós vamos te explicar como ela pode acontecer.

Para as que utilizam o consenso PoW, o processo é feito da mesma forma que o Bitcoin: usuários “emprestam” poder computacional (e energia elétrica) para a solução de cálculos; em troca, recebem criptomoedas.

Exemplos de criptos mineradas por prova de trabalho são a Ethereum, Litecoin, Dogecoin e Ravencoin.

Já o outro modelo de mineração, isto é, que utiliza o PoS, exige que seus usuários mantenham criptomoedas na rede para que os blocos possam ser validados. Moedas como Cardano, Solana e Tezos utilizam esse consenso na mineração.

Apesar desse panorama, é sempre bom pensar que existem milhares de altcoins no mercado – ou seja, criptos alternativas ao Bitcoin. Por isso, mesmo que essas moedas sigam algumas regras gerais, elas podem ter especificidades também. 

Então, é sempre importante ler o white paper de cada uma para entender como elas funcionam em sua essência.

O que precisa para minerar criptomoedas?

A seguir, você vai conhecer um pouco mais sobre os elementos necessários para a mineração de criptomoedas:

Dá para minerar criptomoedas em casa?

Caso você já tenha ouvido por aí que a mineração de criptos pode ser feita do computador da sua casa ou por meio de joguinhos no celular, saiba que essa informação não está correta.

Na realidade, você até pode minerar da sua casa, só que vai precisar de um equipamento específico para isso, com alto poder de processamento. No caso do Bitcoin, essas máquinas são chamadas de ASIC.

Além do equipamento, você também vai consumir uma grande quantidade de energia elétrica. E como a energia no Brasil não é uma das mais baratas, a prática não é recomendável por aqui.

Dá pra minerar criptomoedas pelo celular?

De forma curta e direta, a resposta é não. Normalmente, quando surgem oportunidades de mineração por celular, elas fazem parte de golpes.

Logo, não é recomendável realizar esse tipo de ação.

Como fazer mineração de criptomoedas?

Para começar a minerar criptomoedas, alguns passos precisam ser seguidos:

Faça uma carteira virtual

Antes de tudo, você precisa ter uma carteira de criptomoedas para armazenar as que você vai receber como recompensa.

No mundo das criptos, existem dois tipos de carteiras:

– Hot wallets (carteiras quentes): são as carteiras que funcionam de forma online;

Cold wallets (carteiras frias): carteiras que funcionam de maneira offline.

Adquira um hardware de mineração

Depois de ter a sua carteira, é necessário adquirir um hardware para minerar as criptos. Como já comentado, os equipamentos ASIC são necessários para a mineração do Bitcoin. Já para a Dogecoin, ainda é possível usar computadores com placas de vídeos potentes.

Conecte-se a um software de mineração

Por fim, você vai precisar também se conectar a um software de mineração, que são programas instalados no computador que controlam todo o processo. Exemplos de softwares são o EasyMiner, CGMiner e BGFMiner.

Participe de um pool de mineração

Ao fazer parte de um pool de mineração, as chances de encontrar a solução da equação do algoritmo de consenso se tornam muito maiores. 

Isso acontece porque o pool nada mais é do que um conjunto de nós de computadores que trabalham em conjunto na mineração de criptomoedas. 

Em outras palavras, o pool de mineração proporciona maior poder computacional na operação, fazendo com que ela tenha maior chance de sucesso. Outro ponto bacana disso é com relação às recompensas: como todos os mineradores trabalham em conjunto, as recompensas são igualmente distribuídas conforme o poder de mineração que cada usuário da pool oferece.

Quais os efeitos da mineração de criptomoedas?

Existem dois custos principais para que a mineração de criptomoedas aconteça: o investimento nos equipamentos e o gasto com energia elétrica.

Muitos mineradores, para trabalharem com o procedimento, acabam indo para locais com o custo energético menor – que não é o caso do Brasil. Mesmo assim, por consumir muita energia, a mineração tem recebido várias críticas por conta do impacto que isso causa no meio ambiente.

Hoje em dia, existe um movimento de incentivo a alternativas mais sustentáveis na prática de mineração de criptomoedas. Um exemplo disso são empresas que incentivam a mineração com energia limpa por meio de recompensas àqueles que provarem o uso de fontes renováveis na prática.

A mineração de criptomoedas vai acabar?

Boa parte das criptomoedas existentes possuem um limite máximo de extração. Sendo assim, a mineração delas pode, sim, acabar.

 

Vamos, mais uma vez, tomar o Bitcoin como exemplo: a maior e mais conhecida cripto do mercado possui um limite de 21 milhões de BTC, determinado no white paper divulgado por Satoshi Nakamoto. Conforme esse número vai se aproximando, a rentabilidade da mineração diminui – no entanto, a mineração de Bitcoin ainda vai persistir até 2140, mais ou menos.

Quando essa data chegar, os mineradores vão continuar recebendo recompensas, mas apenas das taxas de transações – e não das moedas mineradas, já que a mineração em si não vai mais existir.

Também existem criptomoedas que estão mudando seu método de consenso de PoW para PoS, como a Ethereum, para que a prática se torne mais barata, tanto em equipamentos quanto no uso de eletricidade.


Além disso, atualmente está em votação na União Europeia se criptomoedas de proof of work serão proibidas ou não, o que pode impactar muito na mineração, causando uma fuga das mineradoras da Europa para países que aceitem a prática legalmente.

Conclusão

Minerar criptomoedas, apesar de ser um processo essencial para a existência de novas moedas, não é algo simples de ser feito. 

Mesmo que toda a ação “só” dependa da solução de uma equação, ela não é algo fácil e precisa ser resolvida em questão de minutos – é por isso que muitos mineradores se reúnem nas chamadas fazendas de mineração para darem conta do recado.

Para ter acesso a diversas criptomoedas, você não precisa minerá-las – basta ter uma conta na Monnos e começar a investir nos ativos que desejar.

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